Lua de mel: origem do termo e outras curiosidades
A lua de mel é um dos momentos mais aguardados pelo casal, depois de meses e meses de preparativos. Mas sabem exatamente de onde vem este termo tão antigo? Descubram as lendas que estão na sua origem.
O termo lua de mel é quase tão antigo como a tradição do vestido de noiva ou do corte do bolo de casamento. No entanto, é imensamente difícil precisar a origem do conceito, já que existem inúmeras lendas que lhe estão associadas.
Algumas dizem respeito ao uso da cerveja com mel que, de acordo com as crenças do século V, ajudava os recém-casados a procriar, enquanto que outras prendem-se com os intelectuais britânicos do século XVI, que começaram a utilizar o termo para designar o período em que os noivos estavam a sós pela primeira vez. Curiosos sobre as possíveis origens desta fabulosa viagem? Então, leiam os próximos parágrafos!
- Hidromel, a bebida dos deuses
- Da Babilónia à Roma Antiga
- A importància da lua cheia
- O rapto da noiva
- Costume inglês
- Tradição católica
- Na atualidade...
Hidromel, a bebida dos deuses
O hidromel é uma bebida obtida através da fermentação do mel com a água. Segundo a mitologia nórdica, este era o único alimento de Odín, pai de todos os deuses, assim como de Zeus e de outros membros do panteão divino da mitologia grega. Mas não eram os únicos: segundo reza a história, os celtas também produziam este licor, usando-o como afrodisíaco para incentivar os casais a procriar. Acredita-se que a origem do termo "lua de mel" esteja conectada com esta bebida, sobretudo com os seus poderes estimulantes...
Da Babilónia à Roma Antiga
Há cerca de 3500 anos atrás, na Babilónia, o pai da noiva tinha de oferecer cerveja de mel ao genro durante um mês, como símbolo de sorte e fertilidade para o casal. Em Roma, era a mãe da noiva que colocava um recipiente com mel no quarto dos noivos, que também serviria para representar o amor e a sexualidade. Acredita-se que o termo "lua de mel" tenha surgido destes costumes, já que tinham como objetivo auxiliar e motivar a vida sexual dos recém-casados.
A importância da lua cheia
Na Alemanha, na idade média, os casamentos só se realizavam nas noites de lua cheia. Tramitada a boda, os noivos deviam beber licor de mel durante as semanas subsequentes, pois acreditava-se que este os ajudaria a procriar. Por sua vez, a lua cheia representava o ciclo fértil da mulher, sendo concebida como ideal para aumentar família logo após o casamento. Para muitos, esta é a origem mais coerente do termo "lua de mel", uma vez que une os dois elementos presentes no conceito: a lua e o licor de mel.
O rapto da noiva
Parece-nos perfeitamente normal e inquestionável que, depois de se casarem, os noivos façam uma viagem para celebrar a sua união e relaxar. Mas pode ser que a viagem venha de outra tradição... Os povos bárbaros, que viviam nas fronteiras do Império Romano, costumavam raptar jovens das povoações vizinhas para as usarem como escravas, pedir um resgate ou para se casarem.
Estes raptos eram realizados por um grupo de homens e um deles recebia o título de padrinho. Se se dava o caso do rapto ser para um casamento, o padrinho era o que vigiava durante a cerimónia, no caso de que os familiares da noiva aparecessem. Depois de algum tempo, o casal voltava à povoação da noiva, mas como vinham casados, já ninguém questionava o rapto! Embora esta não seja a história mais bonita para associar ao conceito de "lua de mel", a verdade é que, em parte, a tradição da viagem pode surgir aqui...
Costume inglês
Na Inglaterra burguesa do século XIX, era costume os noivos fazerem uma viagem depois do casamento, para visitarem os familiares que estavam mais longe e que não puderam assistir à cerimónia. Também era uma maneira de estarem a sós e de se conhecerem. Naquela época, até que se oficializa-se o casamento, os casais nunca ficavam sozinhos. A essa viagem começaram a chamar lua de mel - honeymoon -, termo que sobreviveu até aos dias de hoje, tal como outras tradições anglo-saxônicas - como a das damas de honor ou a da incluir "something blue" no vestido de noiva rendado.
Tradição católica
Para os católicos, a expressão "lua de mel" prende-se diretamente com o valor do mel que, segundo a religião, é bastante alto e incorruptível. Na bíblia, o mel surge imensas vezes, estando sempre associado a coisas boas - ao ponto de ser utilizado como metáfora para a Terra Prometida ("terra que emana leite e mel" , Êxodo, 3:8). Em suma, a religião católica acredita que o casamento deve ser como o mel: doce, incorruptível e capaz de melhorar ano após ano!
Na atualidade...
Poções e raptos à parte, a lua de mel é uma das melhores partes de qualquer casamento! É a desculpa perfeita para descansar - sobretudo depois do stress de fazer convites de casamento, prendas de casamento e decorações - e para viver uns dias muito íntimos, sem ninguém a importunar. Maioria dos casais, para celebrar as alianças de casamento nas mãos, opta por viajar para destinos paradisíacos e distantes. No ano passado, as Maldivas, a Tailândia, a Indonésia e a Grécia estabeleceram-se como os preferidos dos casais portugueses. Já sabem qual será o vosso?
Seja qual for a origem do termo, a verdade é que a lua de mel é uma viagem envolta em sensualidade e doçura. Os noivos estão mais apaixonados do que nunca, e tudo acontece naturalmente. Aproveitem esses dias mágicos para descansarem e desconectarem de temas como a escolha do topo do bolo de casamento, da decoração, ou das lembrancinhas de casamento. O vosso dia já terá passado e de certeza que foi mágico. Agora é o momento de desfrutarem ao máximo da companhia um do outro.