Superar as adversidades e manter um serviço de excelência: o que têm a dizer os fornecedores?
São do ramo dos eventos, comunicação, fotografia ou restauração. Parte da sua essência é tornar realidade o sonho de tantos casais e, mais do que nunca, importa agora contornar as dificuldades e superar da melhor forma todos os desafios...
Celebrar em tempos de pandemia requer medidas extraordinárias, uma capacidade de adaptação para fazer face às atuais circunstância – e à velocidade com que se alteram- e a resiliência necessária para ainda assim, conseguir proporcionar aos noivos tudo o que merecem! A promessa de um dia único, junto das pessoas mais especiais, não se tem alterado e o feedback é mais do que positivo para os noivos que decidiram adaptar o grande dia e confiar em quem tinham a seu lado para garantir momentos únicos, sem nada recear.
Se no início do ano o estado de emergência obrigou a que grande parte das celebrações fosse adiada, mais recentemente a legislação permite que eventos como os casamentos se voltem a celebrar, ainda que com os devidos cuidados assegurados. Falámos com alguns profissionais do ramo para descobrir de que forma se têm vindo a adaptar aos desafios que se colocam à nova realidade.
Relativizar e informar, sempre
É certo que as datas antecipadas com tanto entusiasmo e emoção deram lugar a dúvidas e incerteza. Grande parte das quintas que hospedavam casamentos durante os meses de verão viram a procura diminuir drasticamente e as reservas a ser adiadas ou mesmo canceladas. Entre garantir que todas as normas eram cumpridas e fazer alterações às equipas, uma das componentes mais importantes é sem dúvida tranquilizar os noivos. O excesso de informação tem por vezes o resultado oposto, acabando por confundir quem está do outro lado. Conhecimento dá lugar a segurança e, isso sim, está à frente de tudo. “Acaba por haver informação muito contraditória” diz Tiago Gaspar, fotógrafo e chefe de produção na Fotomiraflores que garante que, ao conversar com os noivos se gera muito mais confiança e se trocam imensas ideias, sendo que muitos adiamentos não chegam sequer a acontecer.
Celebrar com toda a segurança
Distanciamento físico das mesas e dos seus ocupantes, buffets protegidos por acrílico e funcionários a servir diretamente os convidados, para que não haja contacto direto, a par de dispensadores de álcool gel em pontos chave. São estas as principais medidas enumeradas por Ricardo Bonacho, da Imppacto. O responsável pelo departamento de comunicação e marketing do Grupo garante que um reforço na equipa de limpeza e cuidados redobrados na cozinha e nas equipas foram essenciais para dar total segurança
Também na restauração houve alterações, mas alguns fornecedores relatam como foi fácil a adaptação, “não houve muita dificuldade, apenas medidas novas que apareceram” relata Nuno Gonçalves, gestor de eventos na Quinta Marquês da Serra, que assegura “o que fazíamos anteriormente já era mais complexo do que todas as normas que o vírus agora requer implementar”. Também a sinalética nos espaços foi um ponto importante, que Ricardo Bonacho salientou “estamos em convívio e, entre família esquecemos sempre um pouco as regras fundamentais”. A sinalética, por sua vez, “acaba por funcionar como uma mensagem que está sempre presente”.
Adiar, sem nunca esquecer!
“Em primeiro lugar, tranquilizar os noivos, porque no caso da fotografia, se não estiverem tranquilos, isso reflete-se muito nas imagens e acaba por comprometer o resultado final”, conta Tiago, cuja arte passa por condensar numa imagem todas as emoções de um dia tão preenchido! “Usamos material que desfoque mais fundos, na igreja, para evitar apanhar tantas pessoas com máscara” refere o fotógrafo, para quem a palavra chave nesta realidade é adaptação e, claro, muito cuidado, essencial “não só para nos proteger a nós, mas também aos outros”.
Trata-se de uma relação de confiança, acima de tudo, pois os noivos depositam todas as esperanças nos fornecedores para que juntos, consigam criar um dia inesquecível. É por isso tão importante que a comunicação seja um veículo eficaz. Na Quinta Marquês da Serra, que representa, Nuno Gonçalves deve a satisfação dos casais à postura que têm mantido “respeito, sinceridade e confiança é o que nos destaca como bons profissionais e estou convicto que essa posição é o que nos tem feito colher frutos numa altura como esta.”
O peso da responsabilidade
Há sem dúvida, uma postura de cautela e respeito face ao risco existente de contágio. Se é fundamental tomar todas as medidas para garantir que os requisitos de segurança estão preenchidos, importa agir de forma consciente perante os riscos. Acima de tudo, responsabilidade “connosco próprios, com os outros, porque apesar de todas as normas existentes, temos de nos salvaguardar e respeitar as pessoas com quem trabalhamos e quem estamos a servir”. Quem o diz é Ricardo Bonacho. O Grupo Imppacto já recebeu alguns casamentos e o feedback não poderia ser mais positivo. Afinal, e como adianta Ricardo, importa “garantir aos noivos que há segurança e que o evento vai decorrer do início ao fim sem qualquer problema”.