O casamento de André e Inês em Évora, Évora (Concelho)
Rústicos Verão Castanho 4 profissionais
A&I
21 Jul, 2018A crónica do nosso casamento
Olá comunidade.
Pois bem, cá estou eu a fazer uma crónica sobre o dia mais feliz da minha vida. Não é fácil recordar aquele dia sem me virem as lágrimas aos olhos, todas elas de alegria. Correu tudo na perfeição, aconselho a 100% todos os meus fornecedores. Mas vamos por partes.
Em casa dos meus pais. Como vocês sabem, o meu sonho era casar ao final da tarde, e assim o fiz. Tinha a cerimónia marcada para as 17 horas na quinta, que fica a cerca de 30 min da minha casa. A contar com alguns imprevistos, apontei a minha saída para as 16.15h.
Acordei por volta das 9 horas, enviei uma mensagem ao a noivo a dizer “é hoje” e como resposta obtive um “é hoje, amo-te.” Desci as escadas do meu quarto, e para minha grande surpresa não estava ninguém em casa. Estava tudo a tratar dos seu próprios pormenores, lavar carros, cabeleireiros, etc.
Almocei, e tal como combinado, ao meio dia em ponta estava na cabeleireira. E às 13.30 horas, já estava em casa para ser maquilhada. Sempre pontual, a minha equipa de fotografia AntonitoPhotography chegou às 14.00h, hora combinada. Até aqui estive sempre tranquila, nada nervosa.
Continuar a ler »Quando é que os nervos começaram? Quando comecei a notar o atraso da minha madrinha. O vestido estava na casa da dela e ela nunca mais chegava com o vestido. Comecei logo a ficar com os nervos “em franja”. Lá consegui falar com ela, e ela lá apareceu com o vestido por volta das 14.20h. Voltei a acalmar um pouco.
A equipa de fotografia demorou bastante tempo a tirar fotos a todos os pormenores, e as pessoas foram chegando a casa dos meus pais. O que me começou a por novamente nervosa. Lá me chamaram para o quarto, juntamente com a minha mãe, irmã e madrinha, para as típicas fotos a vestir a noiva. Depois chamaram o meu pai. E depois, chamaram ainda as meninas das alianças. E posso dizer-vos que a esta altura eu já estava capaz de bater nas fotógrafas. Agora claro que gosto de ver as fotos, e fico grata por as terem tirado. Mas naquela altura, a demora estava a deixar-me extremamente nervosa. Via as horas a passar e elas não paravam de fotografar. Mais uma pose aqui, e mais um beijo ao pai ali, e pronto. Terminámos. Lembram-se que eu queria abalar para a quinta às 16.15h. Bem, acabei por conseguir. Saí do quarto, cumprimentei toda a gente, e respondi com um “tiramos na quinta” a todos aqueles que queriam fotos. E às 16.15h em ponto, estava a abalar.
A cerimónia, cerimónia. No caminho para a quinta os nervos começaram-se a apoderar de mim mais e mais e mais. Ia no carro com a minha madrinha e com o meu pai. Ainda tive tempo para tirar uma selfie no carro e enviar para um grupo muito especial de amigas que fiz por aqui.
No caminho ligou-me a irmã do noivo, a perguntar onde estávamos, e a dizer que eles estavam mesmo a chegar. Chamou-me irmã, e isto naquele momento emocionou-me bastante. Mas aguentei-me. Nem uma lágrima, para já. Só pensava "respira fundo".
Fui a última a chegar, e quando cheguei vi os meus quatro meninos da cerimónia todos alinhadinhos, tão lindos, tão bem comportados. Mais um ataque de choro que consegui engolir. Começou a tocar a minha música, thousand years da christina perri, e lá fomos nós. A menina das alianças e o menino com a placa “padrinho não chores que ela está linda” na frente, seguidos da menina das flores e de uma menina com um balão a dizer “lá vem a noiva” e no fim, eu, de braço dado com ambos os meus pais. Comecei a ver toda a gente, os meus amigos, a minha família, todos ali, e tive que apelar a todas as minhas forças para controlar o choro.
Mas eis que chegou o momento critico, finalmente avisto o noivo no altar, e não deu mais para conter. Aí sim, chorei, chorei, chorei, e meti praticamente todos os meus convidados a chorar. A minha caminhada até ao altar foi sempre a chorar. E quando me sentei na frente da conservadora, precisei de uns minutos para me recompor.
Já comigo recomposta, a conservadora Fátima Lopes, deu início à cerimónia. A esta senhora agradeço-lhe do fundo do coração, porque ela fez uma cerimónia das mais lindas que eu já presenciei. Se eu tinha dúvidas sobre o fato de não casar por igreja, nesse momento perdi-as todas. Foi uma cerimónia linda. O ponto alto da cerimónia foi quando trocamos os nossos votos, que foram muito sentidos de ambas as partes, e muito elogiados. A conservadora chorou no final dos nossos votos. Outro ponto alto da cerimónia, foram os discursos. Tínhamos “encomendado” dois discursos, um à minha irmã e outro ao padrinho do noivo, que não nos desiludiram. O discurso da minha irmã foi mais emotivo, e do padrinho do noivo mais divertido, ambos se completaram muito bem, e ambos nos fizeram sorrir e chorar. A conservadora deu-nos um miminho, aparentemente já nada se assina qualquer documento nas cerimónias de casamento, mas ela deixou-nos a nós e aos padrinhos assinar o auto do casamento, para o momento poder ficar registado em fotos e para os padrinhos se sentirem ainda mais incluídos e importantes.
O corredor de arroz foi um momento muito engraçado. Muito arroz claro, a as pétalas douradas fizeram um efeito muito bonito, e o facto de estar tudo dentro de cones fez a delícia dos convidados. No final desse corredor, tivemos um canhão de fumo, que apesar de cheirar bastante mal, deu umas fotos fantásticas; e uma queda de balões.
Recebemos os parabéns, os beijos, e os abraços de todos os presentes. Abrimos a receção. E voltámos às fotos. Achei que ia ser um momento chato, mas não foi. A sessão de fotos foi muito divertida. Mesmo as típicas fotos com os convidados não me incomodaram nadinha. O meu sorriso foi sempre genuíno, porque eu estava genuinamente feliz.
Na nossa receção havia a típica finger food, presunto a ser cortado na hora, bebidas e cocktail, claro está que não conseguimos provar nada. Quando acabámos as fotos, eram 19.30h, hora de abrir o salão.
Os convidados entraram primeiro, e nós de seguida, ao som da música "A Nossa Vez" dos Calema. Acho que ninguém ouviu a música. Eu pelo menos não ouvi. Assim que entrámos toda a gente se levantou e começou a bater palmas e a gritar e eu, claro que retribui na mesma moeda. O noivo é mais tímido e mais sossegado que eu, não fez tanto “espalhafato” mas eu pulei, gritei, abanei o bouquet no ar, tudo o que lembrei. Até que o noivo, sempre mais comedido, me tocou no ombro e disse “Inês vamos sentar”. E fomos sentar.
Estávamos sozinhos na mesa. Conseguimos conversar e apreciar a refeição. O menu foi cocktail de gambas, creme de coentros, bacalhau espiritual acompanhado de salada selvagem e escalopes de vitela em molho de café acompanhado de legumes salteados e batata a murro. Tinha um álbum super divertido que coloquei na mesa do bolo juntamente com uma máquina fotográfica instantânea. E durante a refeição, minha irmã distribuiu por todas mesas um pack com 10 fotos para tirarem e colarem no álbum. Só podia ser um sucesso. Para além de ficar com uma recordação giríssima, cheia de fotos loucas, os convidados divertiram-se imenso.
Jantámos, comemos tudo, bebemos, e só no fim da refeição nos levantámos para a abrir os buffets e entregar as lembranças. Tínhamos buffet de frutas (com uma fonte de chocolate), doces, frios, marisco, queijo e enchidos. A comida estava toda deliciosa. A refeição provámos no dia, os buffets só no dia seguinte, não quis desperdiçar tempo a comer ahah Mas sim, estava tudo divinal. Os convidados adoraram.
Depois de distribuirmos as lembranças, e de conversar um pouco com todos os convidados, foi altura de abrir o baile. Começámos com uma música calminha (perfect) para enganar os convidados e eis que passou para uma dança maluca e super mexida. Já vi vídeos, e realmente foi o êxtase, palmas, gargalhas, risos, gritos... Foi a melhor opção. O facto de o noivo ser um pé de chumbo, e ter aderido a esta loucura, fez os convidados delirarem. Mais um momento muito engraçado.
Assim continuamos, entre danças e gargalhadas. Os convidados aderiram bem a todos os pormenores. Temos imensas fotos de convidados a usar os acessórios do photobooth. Adoraram a oração das solteiras e vieram todas para o lançamento do bouquet. O lançamento da bomba de charutos foi um dos momentos mais cómicos. Os homens são muito mais escandalosos que as mulheres, rebolaram no chão, não sei como não houve braços partidos e puxões de cabelos.
Tivemos algumas surpresas, a mais importante de todas veio da parte dos meus pais e irmã, que anunciaram em pleno casamento, através de um vídeo, que nos marcaram uma viagem para a Ilha de Djerba. Seria a nossa lua-de-mel, e tal como dizia no vídeo, “ a aventura começa dia 29”.
Foi com muito espanto da nossa parte, que a equipa de animação nos veio dizer que já eram 23.30h e que estava na hora do corte do bolo. Nem quis acreditar o tempo estava a passar assim tão depressa.
Saímos com todos os nossos convidados para o exterior da quinta, onde a equipa de animação distribuiu os balões leds. Fiz um pequeno discurso a agradecer a todos pela presença, e 3, 2, 1 … lá foram os balões.
O corte do bolo foi ao som de Everything I Do do grande Bryan Adams (mais tarde vim a descobrir que foi precisamente esta música que os meus pais escolheram para o corte do bolo do casamento deles, há 25 anos atrás). Assim que trocámos as garfadas de bolo, e fizemos o brinde com os convidados, dispararam os canhões de fogo preso, e logo de seguida, a bateria de fogo-de-artifício. Escusado será dizer que foi um dia mágico.
Estava com um pouco de receio da “razia” de convidados a seguir ao bolo, mas não me aconteceu. Ninguém abalou. As pessoas foram ficando. Ainda nos divertimos imenso. Rimos. Chorámos. Dançámos. Cantámos. Fomos muito felizes. Abalámos da quinta por volta das 4h da manhã, e de coração cheio.
Noite de núpcias, claro está, foi sacudir o arroz e ferrar a dormir. Seguia-se o resto das nossas vidas.
Este foi o inicio do nosso felizes para sempre.
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