O casamento de Bruno e Inês em Turcifal, Torres Vedras
Rústicos Verão Bege 5 profissionais
B&I
12 Set, 2020A crónica do nosso casamento
Para vos contar esta história como deve ser, devia começar por vos contar como foi toda a preparação deste dia tão especial. Mas, se o fizesse, o mais provável seria acabar por escrever um livro.
Como devem saber, não foi fácil lidar com a pandemia a meio do planeamento de uma das etapas mais importantes da nossa vida. Mas, no final de contas, posso dizer que valeu a pena! Foi, sem sombra de dúvida, o dia mais feliz da minha vida até agora e espero poder voltar a vivenciar tamanha felicidade! Espero que a minha história vos ajude, vos inspire e peço-vos que não desistam dos vossos sonhos. Tudo é possível com paciência, determinação e perseverança.
Eram 6:15 e o despertador tocava alegremente. Dei um salto, tinha dormido apenas 2 horas de tanto entusiasmo, olhei para a minha melhor amiga, acordada na cama ao lado, e disse-lhe com um sorriso nos lábios:
- Vou casar Joana, é hoje!
Ao que ela me responde com alegria:
- Vais casar!
Salto da cama e corro até à casa-de-banho, não há muito tempo, tenho de estar na cabeleireira às 7 horas! Tomo um duche quente, acordo a minha irmã, visto-me depressa, descemos todas até à cozinha para comer qualquer coisa. Chegamos ao cabeleireiro às 7:03, nada mal.
Continuar a ler »A Liliana já lá estava, entrámos e vemos uma miscelânea de maquilhagem sobre a mesa:
- Vejo que não te esqueceste de trazer a camisa. - Diz ela, feliz pelo seu futuro trabalho não ficar destruído.
Sento-me e ela faz a sua magia, e que magia! De seguida, trata do penteado, um apanhado com tranças como lhe tinha pedido, entrego-lhe o travessão e depois de muitos ganchos e alguma laca, estou pronta!
Saio com a minha amiga, enquanto a minha irmã fica a ser embelezada. Temos de voltar para casa depressa, o fotógrafo já chegou!
São 9 horas, chego a casa e acalmo a minha mãe, estava uma pilha de nervos! Encontro a Lena e a Elsa com o ramo mais lindo que eu podia ter imaginado. É perfeito! E vai ficar a matar com o vestido. Elas saem, e está na hora de me vestir, mas a minha mãe está a ser maquilhada e a minha irmã a ser penteada. A minha amiga Joana oferece-se como ajuda e aperta-me os botõezinhos todos, coloca a bijuteria e calça-me. Amigas destas valem ouro.
Sinto-me como Luís XIV a ser apaparicada, vestida e observada, sabe bem.
Os meus avós chegam, a menina das alianças também, todos de máscara, claro, mantendo alguma distância, mas com um sorriso no olhar. Chegou a altura de tirar algumas fotos em casa antes de partirmos para a igreja. Estou feliz, está quase!
Entro no meu carrinho vermelho, com alguma dificuldade devido ao tamanho do vestido, mas com muita resolução, e espero pelo meu pai, que será meu motorista e meu apoio.
A decoração do carro foi feita na noite anterior, à última da hora, nem notei que o tule do laçarote era diferente do restante, estava em paz, feliz, nada me afetava o humor.
Chego à igreja e tenho de esperar, o noivo atrasou-se, ainda está à porta da igreja.
Os convidados acabam de entrar, o noivo entra, o fotógrafo avisa-me que já posso entrar. Espero com o meu pai, a menina das alianças e as meninas do véu à frente da porta. Os nervos subitamente atacam-me, a espera parece interminável, o coração palpita cada vez mais forte. Lá dentro da igreja, o violinista ainda não se apercebeu da minha chegada e continua o seu concerto apaixonadamente.
Eventualmente, a música que escolhi começa a tocar e sei que está na hora, avanço feliz mas com borboletas na barriga, oiço a música e lembro-me da letra:
mou sukoshi dake de ii
ato sukoshi dake de ii
(Now, just a little more
Only just a little more)
Depois de um breve ajuste dos olhos à escuridão da igreja começo a reparar nas pessoas que estão em pé nos bancos, e sinto-me tão grata. Convidei-os a todos, eles confirmaram a presença, mas o impacto de os ver, a cada um deles, as pessoas que mais estimo, ali, por mim e pelo Bruno, é estonteante. Vejo o Bruno com um sorriso enorme a olhar para mim, sinto-me dentro de um sonho.
A cerimónia decorre bem, o Bruno está muito tenso, eu não, estou calma, tudo o que tinha planeado durante tanto tempo estava finalmente a concretizar-se e sei exatamente o que é suposto acontecer. Adoro as leituras, o sermão, a música. É tudo perfeito, mesmo com máscaras para os convidados.
Assinámos o livro de registo juntamente com os padrinhos, tirámos algumas fotos dentro da igreja e preparámo-nos para a tão afamada saída. A minha irmã ajusta-me mais uma vez o véu quando o Bruno, impaciente com os nervos, começa a puxar-me pelo braço e lá saímos da igreja.
Somos mergulhados numa chuva de confetti! O violinista sai atrás de nós para tocar mais um pouco e falámos com as pessoas em redor. Sem abraços, sem beijinhos, mas com muitos sorrisos e palavras carinhosas.
Seguimos para o copo-de-água no meu carro, o Bruno ao volante, capota aberta, o dia está lindo e ensolarado. Chegámos aos Severianos, são 14 horas, somos recebidos por um empregado com entradas e bebidas numa bandeja para os noivos. Tiramos fotos com todos os convidados no jardim (muito menos aborrecido do que inicialmente pensei). O riso é natural porque estávamos realmente felizes e, tendo em conta a redução de convidados causada pela COVID-19, até foi bastante rápido.
Entretanto, já estava na hora de entrar e sentar os convidados. Aproveitámos o momento para algumas fotos a dois no jardim, com um pouco mais de privacidade, mas não nos alongámos muito, mal podíamos esperar pela festa!
Entrámos no salão ao som de Led Zeppelin e somos recebidos com aplausos, sorrisos e até alguma dança.
Começaram a servir o almoço e os empregados foram super atenciosos connosco. A comida estava deliciosa e os nossos pais também pareciam felizes, a minha mãe já estava um pouco mais calma, tal como o Bruno. Ele falou comigo, disse:
- Até estou a gostar da festa, estou mais calmo, a igreja foi o pior...
Enquanto esperávamos pelos pratos, o Ivo vai aquecendo a plateia com pequenos jogos ou piadas de improviso. As pessoas pareciam estar divertidas, o que me agradou, especialmente por recear que, com a ameaça da pandemia presente, pudessem estar mais retraídos. Mas o Ivo ajudou nisso.
À medida que ele ia distraindo as pessoas, nós decidimos percorrer as mesas para nos certificarmos de que estava tudo OK.
Credo! O dia estava a passar tão depressa! Já tínhamos comido a sobremesa e estava na hora de abrir a pista.
Começou a tocar a música escolhida: AIR - Playground Love.
Dei a minha mão ao Bruno, ele agarrou-me a cintura, foi uma dança lenta, o noivo matava-me se tivesse escolhido outra coisa e assim foi mais simples para ambos. Adoro dançar, e tinha tantas saudades de o fazer! Danço de tudo, pimba, kizomba, êxitos pop, latino, tudo! Não larguei a pista até não me aguentar mais de pé. Há batalha de homens vs. mulheres, há gangnam style, macarena, de tudo um pouco. As pessoas estavam felizes e eu também.
Abrimos o buffet às 20 horas, mas cada mesa de convidados teria de ir à vez e ser servida pelos empregados de mesa. Sem problema, tendo em conta que as restantes ficariam à espera, decidimos aproveitar este momento para entregar as lembranças, estariam todos sentados, seria muito mais fácil garantir que não nos esqueceríamos de ninguém e não teríamos tanto com que nos preocupar no fim da noite.
Fizemos o jogo do sapato, mas com as lembranças que tínhamos preparado para homens e mulheres. Não sei o que o Bruno respondeu às perguntas, só espero não me ter enterrado muito com as minhas respostas. As pessoas riram, nós também. A minha irmã tinha uma pequena surpresa preparada, exibiu um filme com fotografias da nossa infância que tinha preparado para ambos.
A música continuou até ao corte do bolo.
Já eram 22 horas e os convidados saíram para a rua, juntámo-nos a eles ao som de Lana del Rey - Beautiful, tínhamos 5 foguetes de chão atrás de nós e um empregado super simpático que repetiu várias vezes ao noivo (que já tinha bebido um bocadinho...) o que era suposto fazer.
Foi divertido, o bolo estava delicioso e os bonecos estavam impecáveis, pequenas réplicas de nós que uma amiga fez. Roubaram os bonecos quando estávamos encantados com os foguetes, mas já descobrimos quem foi! Agora, resta esperar que a tradição seja cumprida, estou em pulgas para os reaver!
Após o corte do bolo, regressámos ao salão onde se juntaram as meninas solteiras para o tradicional lançamento do bouquet da noiva, fiz questão de atirar o meu próprio ramo, primeiro porque teria outras memórias a guardar, como os noivos, as lembranças, fotos, etc. e depois porque se eu estivesse do outro lado e apanhasse o ramo gostaria de receber o original. É como ir a um concerto e atirarem-nos baquetas que usaram durante o concerto ou baquetas que tinham a mais para esse propósito. Percebo quem decide fazer um ramo a mais, mas para mim não faz sentido.
A rapariga que o apanhou deu pulos de alegria, fiquei muito feliz pela reação dela. Foi uma tradição gira. O baile continuou, e até houve tempo de algum karaoke, mas, devido às restrições, à meia-noite, tal qual como na Cinderela, a festa teve de terminar. Não me importei muito, já não aguentaria muito mais.
Depois do lançamento do ramo, as pessoas começam a despedir-se e, pouco a pouco, o salão foi esvaziando. Os nossos pais trataram da divisão da comida que sobrou e nós recolhemos algumas decorações nossas com a ajuda da família e amigos. O fim agridoce tinha chegado. Mas sabíamos que ainda tínhamos a lua-de-mel para aproveitar.
Exaustos! O Bruno ajudou-me a despir o vestido e a desmanchar o penteado. Fiquei perplexa com a quantidade de ganchos que a Liliana tinha conseguido colocar no meu cabelo sem que eu desse conta. Caímos que nem tordos na cama e adormecemos num instante, mas desta vez como marido e mulher. O resto fica para a lua-de-mel.
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