O casamento de Bruno e Susana em Braga, Braga (Concelho)
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B&S
26 Jun, 2021A crónica do nosso casamento
Uma crónica linda, mas real. Depois de dez anos juntos, decidimos que já era a hora de celebramos a vida. Unir família e amigos e, todos juntos, termos um dia mágico recheado de emoções.
Em fevereiro de 2020 a decisão estava tomada. Estávamos longe de imaginar o que por aí vinha e não falo só desta maldita pandemia contra a qual ainda hoje lutamos. A organização de um casamento é exaustiva, achamos que a nossa foi uma luta constante e muitas vezes pensámos em desistir, não por falta de amor mas, porque nos fomos perdendo e perdendo.
Em agosto de 2020, um acidente de viação leva-nos uma das presenças mais importantes no casamento. Na realidade, levou-nos duas. Uma segunda que não ficou bem neurologicamente e não lhe foi dada permissão de estar presente, ama e tia do Bruno, uma mãe. Deus é engraçado e, no dia do casamento, fico a saber que se lembrou de nós, então ela esteve lá. Perdas maduras são mais fáceis de aceitar, o avô Vieira já brilhava no céu há alguns anos, a sua falta era mais fácil de aceitar. Mas estas foram dor pura.
Continuar a ler »Não satisfeito, o destino, a dois meses do casamento, em abril de 2021, perdemos o avô Eduardo. Avô do Bruno, padrinho de batismo e do nosso casamento. Depositámos a nossa fé e a nossa esperança em tudo e em todos. Pedimos-lhe tempo. Não nos foi dado. E esta falta levou-nos a desistir. Mas avançámos, porque o avô Eduardo queria assim, a felicidade dele quando lhe demos a notícia e vontade sólida de que tinha de nos ver nesse dia. Todos estiveram lá, eu sei. Choraram e riram. Amaram.
Como se tudo isto não fosse o bastante, à última da hora, ficámos com convidados insuficientes, pois este vírus impossibilitou muitas pessoas de comparecer. Por isso, eu só tenho a agradecer imenso aos de primeira viagem e sobretudo aos de segunda viagem. No fim, o dia foi mágico, onze voltas dadas ao sol juntos, mais de seis anos de uma vida comum. E tudo parecia uma primeira vez. Envergonhados como no primeiro dia. O primeiro beijo, o primeiro abraço, o primeiro toque de mãos. Apaixonados e reapaixonados.
A nossa vida pouco mudou, um papel diz-nos que estamos casados e que todas a burocracias são feitas em conjunto. Seguimos iguais, mas mais felizes com este sonho concretizado. Temos muito mais a percorrer, mais sonhos a realizar e conquistas a fazer. Nós sendo teimosos com a vida e a dizer que ela é nossa. Nós, que sendo dois, somos agora mais que nunca um só. Nós seguimos nesta perfeição imperfeita. Nós que estivemos rodeados de tanto amor neste dia tão especial e tão feliz e sobretudo cheio de peripécias. É tudo normal: percalços, cansaço, pés que doem, inchaço, nervos em histeria, choro e riso. É estranho unir-se numa crónica de casamento sentimentos tão contrários, mas esta foi a nossa realidade e ela não foi má, ela foi essencial para percebermos de uma vez por todas que a vida é um sopro e que deve ser celebrada e que a união é demasiado importante para se perder por pequenas coisas.
No fim, o amor é tudo. Amem-se de todas as maneiras e formas. Possíveis e impossíveis. Reais ou imaginárias. Pois, "amor vincit Omnia". Sejam felizes! E lutem pelos vossos sonhos!
Estamos em mel total e a vida segue com mais sabor e um pouco mais de tudo.
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