O casamento de Diogo e Cristiana em Aveiro, Aveiro (Concelho)
Vintage Verão Cor-de-rosa 5 profissionais
D&C
06 Ago, 2017A crónica do nosso casamento
Por incrível que pareça, não estava nervosa.
Não estive nervosa nos dias que antecederam o grande dia (acho que não tive tempo para isso), nem estava nervosa quando acordei às 4.30h da manhã para ir tomar banho. Tinha dormido 2h. Tinha estado até às 2.30h a tentar acabar de personalizar os robes das minhas damas. Duas delas estavam cá em casa e (juntamente com o noivinho que estava a ficar furioso por eu não ir descansar) não deixaram que ficasse a terminar. A choradeira começou logo aí quando me deram as prendas delas (não pelas prendas mas, pelo que me escreveram nos postais). Foi também a essa hora muito tardia que eu e o noivinho escrevemos os nossos votos. Talvez tenham sido mais verdadeiros assim (ninguém estava com cabeça para inventar lamechismos). O noivinho dormiu comigo. Não fazia sentido ele não dormir na sua própria casa quando já moramos juntos há quase 4 anos! Também não corria o risco que me visse, pois tinha que estar às 5h no cabeleireiro e, quando regressasse, às 8h30, para a maquilhagem, ele já não estaria (tinha que estar em casa dos pais às 8h para o fotógrafo).
Continuar a ler »Portanto, 4.30h acordada para tomar banho. Lá fui eu para o cabeleireiro. Já tinha posto extensões cerca de uma semana antes, para ter mais algum cabelo, visto o meu ser muito fininho e eu não querer levá-lo completamente apanhado. Depois de uma hora no secador, cheia de rolos na cabeça (a ver se ganhava volume), lá começou a pentear-me. A cabeleireira estava mais nervosa que eu. Estive sempre super calma, mas ela não estava a conseguir acertar com aquilo que tinhamos idealizado (devido à minha falta de cabelo) e isso estava a deixá-la nervosa. Ela só me perguntava como é que eu conseguia estar tão calma. Ainda tive que lhe perguntar se, se ficasse nervosa, me crescia o cabelo.
Entretanto estávamos à espera de uma das minhas damas, que iria ser também penteada por ela, e ela nunca mais aparecia. Pior: tinha o telemóvel desligado. Por isso, sai a noiva do cabeleireiro toda penteadinha e de tiara na cabeça e vai a casa dela acordá-la. Lá consegui tirá-la da cama e mandá-la para o cabeleireiro e vim para casa, mas não sem antes passar na pastelaria para tomar o meu merecido pequeno almoço. A maquilhadora chegou, até antes da hora marcada, vesti o meu robe e ela começou logo a trabalhar. Num piscar de olhos chegou o fotógrafo, que se instalou logo a fotografar-me com a maquilhadora. Não muito tempo depois, chegou a minha comitiva, vinda do cabeleireiro: tia, madrinha, mãe e damas de honor. Fomos sendo maquilhadas, fotografadas e distribuí os meus miminhos para elas (adoraram!).
Estive sempre muito calma. Até estava assustada com tanta calma, nem parecia eu. Então chegou a hora do vestido. Até aqui estávamos a cumprir todos os timings, estávamos com tempo para tudo e mais alguma coisa. Então, quando me começo a vestir. Problemas: O fecho do vestido não abria e, com ele fechado eu não passava lá para dentro. Tentámos e voltámos a tentar. Nada. A minha madrinha começou a ficar nervosa. E eu não. Pior. Tive um ataque de riso tão grande que, já chorava de tanto rir e, não conseguia ajudá-la. Lá chamámos a minha tia que, ao fim de meia hora, descobriu uma linha presa no fecho. Cortámos a linha e lá fui eu para dentro do vestido. Depois o espartilho: ninguém atinava com aquilo. Quatro pessoas a tentar e teve que ser o fotógrafo a ir lá ensinar. E eu continuava calma. Aí, começou a correria: tinhamos roubado a meia hora das fotos ao fotógrafo e portanto tivemos que fazê-las um pouco mais rápido. Conseguimos sair de casa à hora estipulada, não sem antes atender o noivo umas quantas vezes, pois no santuário não estavam a querer permitir algumas coisas na decoração, mas acabou por correr tudo bem.
E pelo caminho começou a choradeira. Eu sou uma chorona profissional. E não chorei porque estava nervosa, mas sim porque estava feliz. Muito feliz! Pelo caminho vi algumas pessoas de quem gosto, que me vieram felicitar e, recebi também, mensagens de grandes amigos que não puderam vir. É um sentimento único ser a noiva. A viagem foi caricata: quem é a noiva que se lembra de ir de descapotável quando, ainda por cima, parte da viagem é em auto-estrada?
Quase a chegar ao santuário, novos problemas: o Padre, nem vê-lo. Tentei ligar, não atendeu. Diz o noivo que quando chegou ainda disse para terem calma. Oh senhor! A noiva estava a esturricar ao sol, num carro minúsculo, ali perto.
Lá avançámos e cheguei ao recinto do santuário mesmo a tempo de ouvir a música de entrada do noivo (tocada em saxofone e cantada ao vivo). Foi lindo, mais choradeira. E nem conseguia ver o que se passava!
Chegou a minha vez: O cortejo das damas de honor, cavalheiros de honra, menina das alianças e meninos das placas, já estava pronto, à entrada do arco. Mal me juntei a eles, começou a minha música: igualmente tocada e cantada ao vivo. Eu só chorava e ria ao mesmo tempo. Foi muito emocionante.
A cerimónia estava linda e tudo como pedi. Todos caminharam para o altar, menos eu, que só avancei quando todos já tinham percorrido a passadeira. O meu noivo virou-se e, dizem as más linguas, que levou as mãos a tapar a boca aberta. Caminhei para ele, calmamente e continuava a não estar nervosa. Cheguei ao altar, o meu afilhado (que me acompanhou) cumprimentou o noivo, depois a mim e foi para o seu lugar. O noivinho beijou-me na testa e disse-me "estás linda" praí 3 vezes antes da música terminar. A cerimónia foi muito linda e emotiva. Marcou-me muito o facto do meu cunhado mais velho ter chorado o tempo todo.
Findas as assinaturas, lá fomos nós levar com 6kg de arroz (tenho que confessar que é horrivel ficar com kg de arroz dentro do vestido). Aí começou a pior parte do meu dia: ninguém conseguiu organizar um cortejo de saída decente. Escolheram o caminho para a quinta com mais semáforos e nunca passaram dos 20km/h. Demorámos mais de uma hora e meia a chegar e, como eu e o noivo iamos no fim, chegámos com um valente escaldão (eu nos ombros e ele na cara). Foi realmente a única parte lamentável do dia.
Chegados à quinta, fomos muito bem recebidos (deram-nos logo àgua, era o que mais precisávamos). A nossa entrada foi muito especial, ao som de "Cinderela". Logo, logo abrimos o cocktail de receção, pois os convidados também tinham fome e, principalmente, sede. São Pedro foi bastante generoso com o sol que nos deu. Aproveitei para tirar os kg de arroz do meu vestido (com muita ajuda, claro). Depois pedi às pessoas para tirarmos as fotos da praxe rapidinho para que ninguém estivesse muito tempo ao calor.
Seguiu-se a entrada no salão que, correu também muito bem, com as nossas damas e cavalheiros a participarem. A partir daí foi uma roda viva: comemos, bebemos, dançámos, rimos, sáltamos. As minhas únicas duas horas de sono não me impediram de viver nem só um bocadinho. Nem o facto de uma das minhas damas ter querido ir embora entre pratos me estragou o dia.
Antes das sobremesas, distribuímos as lembranças. Depois da sobremesa, abrimos o baile. A nossa dança correu super bem, divertimos toda a gente. Claro que para mim foi super dificil com "tanto pano", mas aguentei-me à bronca.
Depois fizemos o jogo das fitas, atirámos a bomba dos solteiros e ainda fizemos o jogo do sapato. Mais para a frente passaram um filme surpresa, com as nossas fotos desde pequenos, videos com dedicatórias de amigos e familiares que não puderam ir e, o nosso marryoke. Depois, a surpresa: os nossos amigos juntaram dinheiro para a nossa lua de mel. Acabaram por nos dar o dinheiro e deixar que decidissemos o que queriamos fazer com ele.
Depois de algum tempo de baile, chegou o corte do bolo. O corredor dos sparkles, o "A thousand years", tudo perfeito. Ainda deu para descobrir quem roubou os noivinhos. Depois fizemos uma largada de dois balões gigantes que subiram sempre juntinhos. Aí é que foi a choradeira total, todos os fortes choraram. Abraços, beijos, só boas criticas. Todos surpreendidos, todos adoraram. Conseguimos juntar toda a familia do noivinho (alguns nem se falam), o que o deixou ainda mais orgulhoso do nosso dia.
Os nossos fornecedores foram fantásticos! Aproveitamos tanto o dia que nos esquecemos de tirar fotos os dois, tivemos que fazê-las à posterior.
Sem dúvida um dia que nunca irei esquecer. O meu marido ainda está em êxtase!
Serviços e Profissionais do Casamento de Diogo e Cristiana
Outros Fornecedores
Outros casamentos em Quinta do Éden
Ver mais
Outros casamentos em Aveiro (Concelho)
Ver mais
Inspire-se com estes casamentos
8 comentários
Deixe o seu comentário