O casamento de Diogo e Sónia em Bicas, Abrantes

As lembranças para homens foram uma chave associada a uma porta de um castelo que serve de abre-garrafas e uma caneta de pena com a gravação do dia do nosso casamento. No caso das lembranças para mulheres, foram as seguintes: garrafa com mel, cujo formato era a silhueta de noiva e uma colher infusora com formato de coração dentro de uma bolsa de serapilheira com as nossas iniciais e corações e etiqueta com o nosso carimbo.

O guestbook também foi pensado ao pormenor, folhas de linho gravadas com marca de água com todos os castelos existentes na sala para que os convidados pudessem assinar e em que a sua capa era uma capa em madeira trabalhada, recriando uma porta de um castelo à escala, tendo nós agradecendo imenso o excelente trabalho ao senhor que demonstrou ter um talento nato para efetuar este tipo de trabalhos. Para além disso, ainda adquirimos uma caneta de pena com o seu respetivo suporte para tinta para que os convidados tivessem o prazer de descobrir como escrever com uma caneta de pena real e diga-se que nos fartamos de rir.

A indumentária do noivo julgamos que não necessita de grandes descrições: oficial do exército, os fiéis depositários do tempo das conquistas, das tão conhecidas batalhas que ainda hoje marcam quem nós somos e de onde viemos.

O bolo de casamento, este bolo para nós não poderia ter ficado mais perfeito, pois junto com os noivinhos que, no momento, ainda estavam presentes como se pode ver numa das fotos (pois, como manda a tradição, eles vão de lua de mel durante um ano) representa uma das fotografias tiradas aos noivos pela equipa de fotógrafos e que, por acaso, foi uma dessas que foi escolhida para a tela na casa dos noivos. Temos em muito agradecer ao fantástico pasteleiro que teve um perícia descomunal para representar o castelo de Almourol ao mais ínfimo pormenor.

Seria um dia fantástico este dia 10 de junho de 2020, no entanto, este organismo muito pequenino que anda por cá há já algum tempo, e que nós chamamos de coronavírus (nós diríamos se fosse só ontem já era tempo demais) afetou em larga escala todo o nosso país e não só, logo teve implicações em tudo. Até no nosso casamento.

Ainda assim, nós como fomos e somos persistentes, conseguimos realizar o nosso casamento com todos os pormenores descritos anteriormente, deixando muitos outros por contar (não queremos criar uma enciclopédia, apenas crónica) no dia 19 de setembro de 2020. Importa referir que todas as medidas anti-covid estavam nos mais altos patamares, desde a chegada dos convidados às casas dos respetivos noivos logo pela manhã até à distância entre mesas e posição dos convidados. Também para que isto acontecesse desta forma, a equipa da Quinta D. Nuno foi excecional. Como conseguimos ainda nos casar no ano em que toda a gente temeu pela primeira vez o vírus, não podíamos deixar de ir a Fátima agradecer por esta dádiva (sem ofensa aos não crentes) e pela forma maravilhosa como correu.

Foi um dia cansativo, passou tão rápido que parece que, após nos levantarmos (cada um em sua casa), naquele dia com muito pouco sol, mal abrimos os olhos e estamos já a tomar um banho à noite como casados.

Mas mais importante que isso, todos os convidados ficaram de boca aberta tanto com a organização como com a imaginação e criação do cenário e sem esquecer o que está na voga: ninguém saiu infetado ou ficou infetado devido a este evento.