O casamento de Fábio e Sara em Porto, Porto (Concelho)
De noite Outono Dourado 9 profissionais
F&S
02 Dez, 2017A crónica do nosso casamento
Na noite anterior ao tão ansiado casamento decidimos trocar os nossos votos. Cada um de nós escreveu-os numa folha que preparei para esse efeito e lemos em conjunto. Não consegui conter as lágrimas e emocionei-me com cada palavra. Abrimos uma garrafa de espumante fresquinho e fizemos um género de comemoração antecipada. Foi a melhor ideia que tivemos porque deixou-nos mais tranquilos e ao mesmo tempo mais firmes com a decisão que tomamos. Demos, assim, início ao dia mais feliz das nossas vidas juntos. Dormimos em nossa casa e acordamos bem agarradinhos prontos para darmos mais um passo na nossa já tão longa relação.
A nossa preparação foi feita na Casa do Ribeirinho em salas separadas. O Fábio estava tão nervoso que a meio da toilette teve que vir à minha sala. Como ainda não estava vestida dei-lhe um beijinho e um abraço bem apertado para ele relaxar.
Tinha comigo a minha irmã, a minha mãe, a sogra e a irmã do Fábio. Entre despe-e-veste, maquilhagens, cabelos e muitas risadas o tempo passou a voar. Quando dei conta pareciam todas umas baratas tontas. Confesso que eu estava super calma e que nada me stressou. A Solange terminou a minha maquilhagem e num corre-corre o André conseguiu pentear-me. O pior foi mesmo quando tive que me vestir e a minha mãe não estava em si de tanto nervosismo. A salvação foi a Diana que maquilhou as manas e as mães. Vestiu-me num minuto mas já estava tão em cima da hora que nem tivemos grande tempo para fotografias.
Continuar a ler »O sr. Lúcio já nos aguardava no fantástico Ford Mustang que alugamos. Peguei no meu deslumbrante bouquet e saí. No carro foi comigo a minha mãe, para me ajeitar o vestido na entrada da igreja, e o meu irmão que me levou ao altar porque infelizmente o meu pai já faleceu. Como escolhemos a Sé do Porto para casar tivemos que passar pela baixa. Muitas pessoas tiraram fotografias, acenaram e ficaram maravilhadas por verem uma noiva. À chegada já tínhamos imensa gente curiosa e como a Sé é um monumento turístico está aberto a todos.
Estava na entrada, a “Clair de Lune” do Debussy começa a tocar e ouço um grande soluço de choro do Fábio. Emocionou-se mesmo antes de começar. O diácono fez-nos sinal para iniciarmos a marcha e lá fomos nós. Pode-se dizer que o meu irmão é uma pessoa tímida e que detesta que olhem muito para ele. Às tantas começo a ouvi-lo a hiperventilar. Estava tão nervoso o meu pequenino: “Respira fundo, olha para a frente e vai mais devagar.”. Nem consegui emocionar-me. Estava demasiado preocupada com ele. Quando cheguei ao altar é que lá me caiu umas lagrimitas. O Fábio estava tão lindo. Foi a primeira vez que vi o fato dele. Não quis ver antes para ter o mesmo impacto que ele teve ao ver-me.
A cerimónia começou e foi dos momentos mais emocionantes da minha vida. Chorei muito. Foi um enorme turbilhão de emoções. Estava muito feliz por estar a casar com o meu único e grande amor, mas ao mesmo tempo arrasada por não ter o meu pai ao nosso lado. Além disso, e por uma grande coincidência/sorte, o padre que nos casou foi o mesmo que me baptizou a mim e aos meus irmãos. O padre Amadeu é, acima de tudo, um ser humano raro que transborda boas energias e amor. A cerimónia não teve nada de aborrecido nem uma carga demasiado religiosa. As palavras escolhidas foram perfeitas. A música também não podia ter sido melhor. Quisemos harpa, violoncelo, violino e soprano e os músicos foram irrepreensíveis. Mágico!
No fim fomos aplaudidos pelos convidados e por todos os desconhecidos que assistiam. Enquanto percorremos o corredor central em direção à mesa das assinaturas curiosos e turistas desejaram-nos felicidades. Acredito que muitas de vocês não gostariam de ter estranhos na vossa cerimónia, mas a nós não nos incomodou nada.
Depois de tudo assinado fomos com o João ao claustro. Sem dúvida que é um local lindo para as fotografias. À saída tivemos direito à tradicional chuva de arroz com as estrelinhas douradas que misturei. Dali seguimos juntos no Ford Mustang pela marginal do rio Douro até à quinta com uma caravana de convidados a buzinar todo o caminho. Perdemos alguns porque eram bastantes carros e com tantos semáforos foi impossível controlar toda a gente.
Quando chegamos à Casa do Ribeirinho brindamos com uma deliciosa sangria de espumante e frutos vermelhos. Posso dizer que estive ocupada a falar com os convidados e que comi apenas um bolinho de bacalhau. Todos adoraram as entradas, mas a verdade é que nem eu nem o Fábio comemos. A decoração não estava bem como idealizei mas sinceramente não dei grande importância aos detalhes. O dia estava a ser demasiado especial para me aborrecer com pormenores. As lareiras estavam acesas, havia imensas fotografias nossas espalhadas, candelabros, o memorial que pedi em honra aos nossos familiares falecidos e até a árvore de Natal montada.
O nosso dj foi o Sérgio e a música estava tal e qual como pedi. Tinha feito uma playlist para os aperitivos/jantar e outra para o baile. Optei por Jazz, Soul, músicas de Natal e da Disney como música ambiente e para a pista de dança música dos anos 70 e 80. Antes do jantar passou a “Strangers in the night” do Frank Sinatra. Não me contive, agarrei no noivo e dançamos. Tecnicamente essa foi a nossa primeira dança, mas não devia ter sido.
Era a hora do jantar, os convidados já estavam sentados nos seus lugares e nós entramos ao som da “The whole of the moon” dos The Waterboys. Lá veio a choradeira de novo. É das minhas músicas favoritas de sempre e mexe imenso comigo. Finalmente tivemos um momento só nosso. Jantamos os dois e podemos apreciar todos a desfrutarem de tudo que levamos um ano a preparar. Só íamos sendo interrompidos pelo soar dos guizos de Natal que colocamos em cada mesa para pedirem os beijinhos dos noivos.
A comida estava divina. Recebemos imensos elogios e não houve convidados insatisfeitos. A decoração ficou linda e as toalhas bordô deram um ar mais aconchegante e sofisticado. A seguir a um jantar maravilhoso a photobooth foi rainha. Todos, sem excepção, tiraram fotografias. Os convidados puderam levar fotografias para casa e o nosso livro de honra ficou muito mais divertido. A photobooth foi tão requisitada que até faziam fila.
O corte do bolo foi no interior ao som da “Never tear us apart” dos INXS. Cortamos de baixo para cima como dita a tradição. Dizem que dá sorte. O Fábio só me dava garfadas com pedaços enormes de bolo. Fiz uma figurinha. Homens! Brindamos todos e assistimos ao nosso vídeo de solteiros projetado na parede. Nessa altura já todos tinham óculos de sol e tattoos postas.
Depois veio a primeira dança oficial. O Fábio escolheu a “How deep is your love” dos Bee Gees. Foi mágico. Não somos propriamente bons a dançar mas agarramo-nos e cantamos no ouvido um do outro. Ele é um romântico. O vestido de noiva já me estava a fazer comichões e por isso troquei para o segundo. Desci do salto e troquei também os botins por uns oxford rosa com sola plataforma. Assim que o fiz pude dançar muito mais à vontade.
Infelizmente não tenho fotografias, mas em vez de lançar o meu bouquet lancei um ursinho príncipe com a “Holding out for a hero” da Bonnie Tyler a tocar. Era tão fofo que até as casadas quiseram entrar na disputa. Daí para a frente nós e os convidados cantamos muito, dançamos muito e divertimo-nos muito.
Posso dizer que foi simplesmente perfeito!
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