O casamento de Francisco e Julie em Marco de Canaveses, Marco de Canaveses
Rústicos Inverno Branco 2 profissionais
F&J
14 Dez, 2019A crónica do nosso casamento
O dia do vosso casamento são vocês que decidem. Nunca pensámos em casar e quando decidimos fazê-lo, queríamos mostrar aos futuros casais que não temos que seguir o que nos impõem para ter um casamento dos sonhos, até porque depende do sonho de cada um.
Passo 1 - A lista de convidados: o mais complicado foi difícil escolher quem era próximo o suficiente para participar num dos melhores dias da nossa vida, pois queríamos um casamento íntimo com poucos convidados. Acabámos por escolher familiares próximos e não cedemos a exigências familiares de convidar primos de primos, ou seja, familiares que só vemos em casamentos ou funerais. Relativamente aos amigos, acabámos por escolher todos aqueles que estavam na lista de chamadas e mensagens no último ano, ou seja, todos aqueles que ainda estão presentes nas nossas vidas. Surgiu muitas vezes a dúvida de convidar pessoas que nos marcaram anteriormente, mas se não fazem parte do presente…
Passo 2 - Escolher o local do casamento: como somos ateus, a escolha de um local religioso não foi necessária. Para o local, queríamos um sítio onde fosse possível uma cerimónia pagã e que fosse ao encontro do tema do mesmo, Casamento Medieval. Encontrámos a Casa da Quintã, completamente inesperado, pois nesse dia fomos visitar outras quintas propostas pelo Casamentos.pt e, através de contactos entre proprietários, conhecemos a Sra. Maria Manuel e a pequena Catarina, que foram maravilhosas e realizaram todos os nossos sonhos, como a decoração, catering, bolo de casamento e a logística dos hóspedes, pois praticamente todos os convidados ficaram a dormir na quinta (uma maneira responsável de beber e não conduzir nos casamentos, fica a dica). Um conselho: têm que se impor enquanto casal para ter tudo aquilo que queiram, não sejam preguiçosos e não deixem tudo nas mãos dos responsáveis das quintas.
Continuar a ler »Passo 3 - Convites e lembranças: após pesquisar várias empresas especializadas no mesmo, chegámos à conclusão de que homemade é o mais económico, comprámos papel envelhecido, tinteiros, mandámos fazer o lacre com as nossas iniciais e entregámos pessoalmente cada convite para todos os que viviam em Portugal. Assim, 80 convites ficaram por um bom preço Para as lembranças queríamos algo que fosse útil e tradicional, mandámos fazer umas canecas em barro com as nossas iniciais, numa oficina artesanal, Olaria Norberto Batalha. E acrescentámos, mais uma vez homemade, um saquinho com sementes. O amor tem que se cultivar como uma planta. No total, comprámos as canecas, os sacos, sementes de amor perfeito e o lacre, e 90 lembranças. Decidimos fazer mais algumas para o caso de ter pessoas que não vieram, mas que deram prenda de casamento. E por fim, para as crianças, muitas vezes esquecidas nos casamentos, fizemos uns sacos com dragões para pintar, joguinhos, espadas de espuma, puzzles, sem diferenciar menino e menina, porque, para nós é tudo igual.
Passo 4 - Roupa e acessórios dos noivos: não vou esconder que foi difícil encontrar algo medieval no século XXI. A Amour Glamour Porto encontra soluções, a única coisa que tenho a dizer é que são fadas madrinhas. Para a noiva foi vestido, capa (porque era inverno e não queria véu) e roupa interior. E para o noivo o fato completo, igualmente na Amour Glamour Porto, usufruindo de um desconto na totalidade. Para o calçado, a noiva foi mandar fazer à Namorarte e o noivo encontrou na Calçado Guimarães por um bom preço. Encontrámos ainda para o noivo uma réplica de uma espada numa feira de velharias. O suporte para a espada foram os pais dos noivos que fabricaram. Para o ramo da noiva, por favor, não entrei em delírios, fiquei surpreendida com o abuso de preços que as floristas pedem para ramos de noivas. O meu custou pouco, com flor de algodão e pinhas. Como foi na altura do Natal, não foi difícil de encontrar e foi a minha mãe e tia que fizeram.
Passo 5 - Alianças: somos um casal que não gosta de ter nada nas mãos e escolhemos mandar fazer duas árvores da vida em filigrana ao artesão AC Filigrana, que gentilmente nos ofereceu os mesmos. Fomos um pouco criticados, porque as pessoas ainda são um pouco fechadas relativamente a certas coisas: um anel não determina o nível de amor que temos um pelo outro, desde que haja respeito e confiança. Um pouco menos de materialismo não fazia mal a esta sociedade. Tenho dito.
Passo 6 - Programa e cerimónia: Bem, queríamos um casamento civil, mas quando vimos o extra que os notários levavam para casar na quinta, preferimos casar por civil e escolhemos dois amigos para oficiantes de cerimónia. Juntos escrevemos os textos de uma cerimónia pagã Handfasting, com os nossos votos mas igualmente com muito humor, pois muitas vezes é o que falta nas cerimónias maioritariamente aborrecidas, algo que não vou partilhar, pois é demasiado pessoal. Indecentemente de ser fora do comum, muitos convidados gostaram da originalidade da cerimónia. Para o programa, não queríamos igualmente que fosse um casamento só de comes e bebes, então adicionámos muitas atividades como uma série de jogos tradicionais (jogo da corda, corrida de sacos, photobooth, castelo insuflável). Contratámos ainda animadores como os Trabucos e os Malatitsch com uma simpatia e profissionalismo incrível.
Passo 7 - Fotografa e música: Escolhemos a Studio Mademoiselle para as fotos do casamento, álbum e sessão de noivos, mas admito que nos arrependemos de não fazer um vídeo. Para a música da festa, em vez de gastar dinheiro num suposto DJ ou animador com uma playlist de músicas que provavelmente não iriamos gostar, comprámos uma boa aparelhagem, que acabamos por devolver no final do casamento. Fizemos ainda uma playlist de músicas que nos acompanharam ao longo dos 10 anos de namoro.
Passo 8 - Beleza: para o noivo fou um barbeiro, e para a noiva cabeleireiro, manicure, etc.. A maquilhagem foi a irmã da noiva que a fez, assim foram uns euros a menos.
Passo 9 - Detalhes finais: ao longo da preparação do casamento deve-se atualizar as listas, para isso o site do Casamento.pt é excelente para se organizar. No final, não vale a pena stressar, fomos muito calmos para o casamento, acordámos às 9 horas da manhã, depois de cabeleireiro e carregar o carro em direção à quinta, optámos por não alugar um carro e ir no nosso, pois íamos chegar mais cedo para verificar se estava tudo em ordem. Entretanto, por volta das 13 horas, cada um no seu quarto, preparámo-nos para a cerimónia no divertimento com as pessoas mais importantes das nossas vidas. A chegada à cerimonia, por volta das 16 horas (com um pouco de atraso por causa do rapaz que devia entregar os fatos dos oficiantes que se esqueceu que íamos casar), foi cada um com os pais a acompanharem para o altar, pois não queríamos perpetuar a tradição do pai devolver a filha ao marido. Como disse anteriormente, prezamos pela igualdade, então os pais do noivo e da noiva acompanharam, os quatro, os respetivos filhos a viverem um dos dias mais felizes das nossas vidas.
Espero que ajude os futuros noivos, felicidades para todos e não se deixem influenciar.
Serviços e Profissionais do Casamento de Francisco e Julie
Outros casamentos em Marco de Canaveses
Ver mais
Inspire-se com estes casamentos
Deixe o seu comentário