O casamento de Iuri e Sarah em Caldas da Rainha, Caldas da Rainha

O alarme tocou e lá fui eu para o cabeleireiro para me despachar às 7h a tempo, a minha costureira apareceu para me salvar o dia e os bouquets e ajudou-me em tudo. Ela nem sabe o quanto estou grata pelo socorro dela. 9h e já tinha os nervos em franja, as damas estavam a demorar no cabeleireiro e a fotógrafa chegar a casa do noivo. Telefonei à minha mãe para ir se vestir e, finalmente, chegou para se vestir, meti um sorriso na cara e enfrentei o dia.

Tirei umas fotos com as damas, em casa, e lá nos pusemos a caminho para a igreja, nervosa, a pensar no noivo e esperando e rezando para que tudo corresse bem, pois as nossas famílias não se dão bem, muito menos as sogras.

Quando finalmente cheguei à porta da igreja e ouvi o piano, tremia tanto e só pensava no momento que ia ter com a minha mãe ao meu lado e o significado que tinha para mim e o amor da minha vida que devia estar uma bola de nervos. Quando finalmente cheguei ao pé dele, tudo fez sentido e nada interessava naquele momento. Agarrei-me a ele e partilhámos os nossos votos, que escrevemos e estávamos felizes mesmo.

Conseguimos respirar melhor ao sair da igreja e cumprimentar os convidados, e lá fomos nós para a praia tirar umas fotos e depois para a quinta. Eles foram o máximo, o cocktail à chegada soube tão bem e deu-me energia para aguentar as fotos com os convidados. Finalmente entrámos para a sala com os convidados a bater palmas e a minha liga cai. Entrei em pânico, honestamente, foi um momento que me fartei de rir e ninguém deu por ela, pois escondi bem debaixo do vestido.

O jantar foi lindo e desfrutámos bem, a fotógrafa chamou-nos à parte, entre as sobremesas, para tirar mais umas fotos ao pôr do sol, mas eu honestamente estava tão cansada, esgotada mesmo, que já nem sabia sorrir. Só queria dormir 5 mins, mas não tive direito e fiz para continuar a festa.

Posso dizer que não tivemos um minuto parado, cada vez que me sentava, tinha que me levantar, fiz a festa mais o noivo, foi até às 3 da manhã. Quando finalmente chegámos ao hotel, às 4h da manhã, estava tão podre de sono. Ainda por cima, o marido não conseguia desatar o vestido, estive 20 mins em pé.

Apesar de tudo, hoje consigo rir de certas coisas, mas com tudo o que aconteceu, o drama, as discussões, os contratempos, os sogros, mães e pais, e a tentar que tudo corresse bem e que ninguém se chateasse, acabámos por planear um dia que nem tivémos direito de desfrutar ao máximo. Não foi o casamento que queria ou que sonhava, mas estamos casados. Há dias que me lembro de como as coisas correram e outros que estou tão feliz de estar casada com o meu marido. Não posso voltar atrás, mas gostava de fazer tudo outra vez sem o stress, só eu e ele.

O único conselho que dou é de fazerem o que querem à vossa maneira.