O casamento de Joel e Ana em Esposende, Esposende
Rústicos Verão Azul 8 profissionais
J&A
27 Jul, 2019A crónica do nosso casamento
Eram 6h30 da manhã, acordei com a chuva a bater na janela, adormeci a pensar como seria aquele dia mágico, não queria um dia prefeito (nada é perfeito), queria apenas que corresse tudo bem.
Enquanto era maquilhada pela melhor, a minha Andreia, a chuva batia no vidro, olhava para a chuva a cair e pensava, será que a chuva não irá parar? A ansiedade de ver as horas a passarem começou na cabeleireira, inúmeros caracóis no meu cabelo enorme e, com o vento e a chuva que se fazia lá fora, estava a deixar-me mais ansiosa ainda. Tudo isso até colocar na minha cabeça que nada iria estragar o meu dia. A maquilhagem ia aguentar a chuva, o cabelo ia combater o vento, e o meu vestido branco cor de gelo não iria derreter.
O fotógrafo chegou, que por sinal era amigo de infância do meu marido, brincou comigo, descontraiu-me, ou pelo menos ele tentou assustar-me, mas não resultou. Eu sabia que o Joel estava nervoso e ansioso, esteve assim o mês todo de julho até chegar ao nosso dia, acho que ele devia ser a mulher da relação. Andámos a adiar sempre o nosso casamento, para uma altura melhor, nunca haverá uma altura melhor, foi preciso sentirmos o sentimento de perda para saber a falta que sentimos um do outro, não é preciso só gostar, é preciso muito mais que isso e a nossa cumplicidade é notória, visível a todos. As nossas conversas nos nossos jantares, a nossa cumplicidade, sem ser necessário por vezes falarmos, basta olhar. Eu sabia que queria ele na minha vida para sempre, e ele sabia que me queria a mim. Tudo avançou mais rápido, porque queria que o meu pai me visse a entrar na igreja, que festejasse o meu amor comigo, apesar de saber que tínhamos pouco tempo. E não, não chegamos a tempo. Perdemos mais uma pessoa importante na nossa vida, o pai do Joel já tinha falecido, e sei que a melhor felicidade da vida dele era nos ver casar. Aquele sorriso, aquelas gargalhadas, nunca sairão da minha cabeça nem do meu coração. De mãos dadas na capela com o meu irmão, aquele que para mim é o meu segundo pai, as folhas corriam o chão, o vento batia-me na cara, a fita azul para entrar na capela foi aberta pelos meus meninos das alianças, a música tocou e o sol abriu. Tenho a certeza que foi o meu anjo eterno que sorriu a olhar para nós. Missão comprida, sabia que ele não estava lá, mas certamente estava comigo.
Continuar a ler »Os nervos do Joel eram notórios, as pernas tremiam e o sorriso dele envergonhado fez com que abrisse ainda mais o meu sorriso. Sem olhar me nos olhos disse-me apenas, “estás linda“, o meu coração amoleceu e deu-me vontade de chorar pela primeira vez. Sim, porque quando entrei na capela, não consegui chorar; apenas sorrir, sabia que o meu pai estava comigo e estava feliz por isso. De rostos virados para o padre e com os retratos dos nossos pais do lado direito na capela, celebrámos a missa: simples e bonita, na minha capela, a capela que prometera casar e consegui cumprir a minha promessa.
Ainda no carro com os nossos convidados atrás de nós, esvoaçavam fitas azuis pelo caminho. Liguei para a quinta e, mesmo com o dia chuvoso que estava, todo o serviço estava preparado para uma sala fechada rústica. Com o sol a bater no vidro do carro, pedimos para colocarem todo o serviço de horas nas mesas de fora. Pessoas profissionais conseguem isso e nós tivemos essas pessoas profissionais, pediram-nos apenas 40 minutos, um desafio para eles também. Como o organizador da quinta nos disse: “até a cozinha veio ajudar“ e estava tudo perfeito. Passaram os 40 minutos e entrámos, os portões abriram-se e começou a tocar a nossa música de entrada na quinta, os convidados formaram um corredor até chegarmos ao topo, aonde tínhamos dois serventes vestidos de fraque com dois maravilhosos coquetéis.
As entradas eram maravilhosas, nada faltou. A primeira dança começou, uma música decidida à última da hora, melhor dizendo, no dia anterior. De braços abertos, dançámos e deixámo-nos levar pelo nosso amor. Aquele dia estava a ser tão maravilhoso. O segundo vestido caiu, e a música terminou, abrindo-se assim a pista. Todos dançaram, dos mais pequenos aos mais velhos. Foram sensacionais, até os mais cansados pela vida, sorriam e espalhavam alegria, foi tão bom vê-los felizes por nós.
O corte do bolo começou, os sparkles iluminavam-nos num corredor humano com mais de 100 pessoas. Os mais pequenos cansados, a lutar contra o sono, continuavam com os foguetes deslumbrados. Chegando à mesa, tínhamos quatro cones de fogo e assim se deu o corte do bolo. Os foguetes começaram e todos olhavam para o céu, todos estavam serenos, cansados pelo dia, mas felizes por nós.
Eu e Joel, depois de tanta adrenalina, estávamos demasiado cansados, mas ainda aguentámos até às 4 da manhã. Deitados na cama, sorrimos um para o outro, completamente esgotados, adormecidos todos os membros do nosso corpo, dissemos: “Vamos casar novamente?“.
Acho que isto só quer dizer o quanto todos estes meses de espera, de ansiedade, pressão valeram muito a pena. Foi lindo, foi mágico, foi melhor do que tinha imaginado.
Começamos agora o início da nossa história. Sabemos que somos regidos por dois princípios: a vontade de Deus e a nossa própria vontade aos olhos dele.
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