O casamento de Marco e Silvia em Alenquer, Alenquer
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M&S
10 Out, 2015A crónica do nosso casamento
(Noiva)
Choveu! Mas foi de facto um casamento abençoado!
Tudo foi organizado aos bocadinhos, com a devida atenção, mas nunca com o tempo que se julga necessário. Por isso vou voltar um pouco no tempo e contar desde o início dos preparativos.
Tudo se conjugou para que o nosso casamento de sonho viesse a acontecer!
Nos dias anteriores ao casamento, julguei que não conseguiria terminar tudo a tempo, que iria esquecer metade das coisas necessárias, que algo poderia falhar, mas por incrível que pareça, mantive-me estranhamente calma! Como se acreditasse no destino, ou em alguma força maior que me iria ajudar a concretizar tudo na perfeição.
Dias antes do casamento, já sabia que iria chover, no Solar de Pancas onde casámos, preparámos tudo para ter uma cerimónia civil no interior em vez de ser no jardim como tínhamos idealizado. O Diogo e a Maria Phillimore, proprietários do Solar de Pancas, foram incansáveis para que tudo estivesse perfeito!
Os convidados vindos do estrangeiro começaram a chegar. Uns num dia, outros noutro. Quando dei por isso, estava na véspera do casamento, com a casa virada do avesso, com uma série de coisas para tratar e sem tempo nenhum, mas, mantive-me calma! As alianças chegaram pelo correio dois dias antes do casamento, presente do nosso padrinho Luís e o próprio bouquet foi encomendado na véspera, e a afilhada Daniela, da faculdade ficou encarregue de o ir buscar no próprio dia!
Continuar a ler »Foi na florista que vi o meu noivo pela última vez antes do casamento, antes de partir para a casa dos pais.
Na manhã do dia de casamento, acordei a horas mas sem vontade de me levantar. Preparei tudo o que precisava para o casamento e para a lua-de-mel, ou pensava eu. 7h30 chega a minha amiga Roya para me pentear. Sem ganchos em condições, com um cabelo difícil, sem escova de jeito, ela reclamava por não ter o que precisava, mas que iria conseguir e iria recordar-se deste penteado para sempre! O penteado ficou lindo! A minha prima Paula Carmo chegou para me maquilhar, assim como a Raquel Castro para me fotografar.
De fato de treino e de botas, a chover torrencialmente, pedi ao meu pai para me ir buscar pois iria vestir-me na casa dos meus pais. Comi uma canja de galinha, a Raquel escolheu o cenário e começou a fotografar, a Paula maquilhou-me e fiquei: “Uau! Esta sou mesmo eu?! Que máximo!” Voltei a casa, trouxe a bagagem, organizei a sequência de eventos com as amigas e fui finalmente para a casa dos pais vestir-me. A casa parecia muito stressada, tudo cheio de pressa, preocupados com a chuva, com o trânsito, mas eu, mantive-me estranhamente calma!
Maquilhei a minha mãe, penteei a minha sobrinha e maquilhei-a e finalmente vesti o meu vestido! Que emoção! Há mais de 30 anos antes, tinha sido menina das alianças de uma prima e foi quem me colocou o véu, a minha noiva, como carinhosamente eu lhe chamava nessa altura e ainda hoje o faço. Fotos com pais, avó, cumprimentam-se familiares e dá-se a ordem de partida para o Solar de Pancas. "Está na hora! Tudo para os seus carros!" Entretanto, a minha afilhada encarregue do bouquet liga a dizer que a boleia dela está atrasada e que receia que não chegará a horas. A minha melhor amiga Sónia saiu mais cedo, foi ter com ela a Lisboa, pois a afilhada e o bouquet não podem faltar! Não parou de chover a manhã toda! O trânsito estava um caos, os convidados não paravam de trocar mensagens a pedir que não fossem muito depressa para ninguém se perder.
Finalmente chegámos ao Solar! Nada de melhor amiga, nada de afilhada, nada de bouquet! O noivo e a senhora do registo já me esperam, alguns convidados vieram buscar-me, mas sem as minhas meninas e sem o bouquet. Decidi esperar e por telefone dei-lhes orientações para chegarem ao destino sãs e salvas. Finalmente chegaram! Saí do carro, peguei no bouquet, abracei-as bem forte e cá vou eu ter com a minha alma gémea. Entrei no Solar e fiquei meio desorientada, não sei se vi quem estava nas primeiras salas, queria chegar à sala onde me esperavam bem rápido.
Começo a ouvir a música que escolhi para a minha entrada: “Halo” da Beyoncé, cantado ao vivo pela minha enteada mais velha! "Uau! Bea, que lindo! Que emoção! Bolas, vou chorar!!" Começo a pensar em coisas banais para não me emocionar! Onde está o meu pai? Cá está ele! Agarro-me a ele bem forte e chamo a minha enteada mais nova que me espera com olhar de encanto para levar as alianças. "Bora Noninhas!" Ela entra e a seguir entramos nós, procuro o meu amor, lá está ele! Que lindo! Que emoção! Bolas, agora é que vou chorar!
Chego à mesa do registo, o meu amor dá um abraço ao meu pai e dá-me a mão. Olha-me nos olhos e tivemos que nos segurar para não chorar que nem uns perdidos! Foi uma cerimónia civil, perfeitamente normal, mas com alguma sensibilidade por parte de quem a realizou. O meu amor pergunta-me: "Escreveste os votos?" E eu respondo que não. Sorrimos.
Momento de troca de votos, tiro o véu, pois não quero nada entre os nossos olhos. Ele leu os votos dele e deu-me o papel e sugeriu que eu os lesse também e eu sorri e respondi que não, não seria necessário. Disse os meus votos e ficámos ambos muito emocionados. Pergunta o noivo ansioso: "Já posso beijar a noiva?" A senhora responde que não e toda a sala ri à gargalhada. Terminada a cerimónia, finalmente podemos beijar-nos. Estamos casados! Seguiu-se o momento dos beijinhos e votos de felicidades aos noivos, banho de rosas e arroz e algumas fotografias.
O cocktail de boas vindas estava divinal, (Milá muito obrigada!) e durante o mesmo continuámos a tirar fotografias com os convidados. Passamos por todas as salas para cumprimentar todos os nossos amigos e familiares, a música de entrada na sala foi a “Kingdom dance” da banda sonora da Rapunzel. Sentamo-nos para a refeição e absolutamente tudo o que veio para a mesa estava perfeito!
A meio da refeição a Raquel vem ter connosco e diz: “Parou de chover! Não querem ir tirar algumas fotografias agora?” e nós “Claro que sim!” Fomos para o jardim, tirámos fotografias juntos e pensámos e que tal chamar toda a gente e fazer a foto de grupo? Chamámos os nossos convidados todos, tirámos a foto de grupo e aproveitámos para tirar mais algumas fotografias com alguns convidados. Voltámos para a sala, terminámos a refeição com a sobremesa mais deliciosa que já comi: “Petit gateau” com bola de gelado!
Depois de comer, temos que moer isto tudo! Vamos abrir o baile! A música escolhida: “I see the light” da Rapunzel (Entrelaçados). Dancei com o meu pai e após o instrumental, terminei a dança com o meu amor. Já devem ter reparado que referi as principais músicas do dia. Pois é, não posso deixar de referir o nosso DJ Tiago Xavier que animou a nossa festa na perfeição!
Atirei o bouquet ao song the “All the single ladies” da Beyoncé e foi a nossa menina mais velha que o apanhou! E logo de seguida partimos o bolo ao som de “All of Me” do John Legend. Distribuí as lembranças para as senhoras (vasinhos de suculentas plantados por mim) e doces para os mais pequenos. A dança continuou pela noite fora e entretanto alguns convidados começaram a partir. Entre eles, a minha amiga Roya que iria voltar para a Suíça. Nesse momento não me consegui segurar, abri a torneira e chorámos abraçadas uma à outra.
A dor nos pés instalou-se e apercebi-me que tinha trazido tudo menos sapatos para a lua de mel! Tinha apenas os sapatos de salto do casamento! Mas casei com o homem certo! O meu marido é um príncipe e trouxe-me um par de ténis!
Depois apercebi-me que algumas pessoas tinham desaparecido. Será que foram embora sem se despedir? Nah, a minha melhor amiga nunca faria isso! Hum. Aqui há gato!
Últimas despedidas, últimos detalhes e a festa terminou. “Onde será a noite de núpcias?” Todos me perguntavam, mas eu só podia responder: “Não faço ideia!” O nosso padrinho informa-me que nos levará ao local, as minhas meninas chegam e a minha melhor amiga Sónia diz-me: “Achas que me ia embora sem te dizer? Claro que não! Acho que vais gostar! Diverte-te!”. Chegados ao destino finalmente percebi porque tinham desaparecido. Estavam a preparar a nossa estadia de noite de núpcias num moinho lindo! Sim, o noivo pegou a noiva ao colo antes de entrar! Como disse, casei com um príncipe! Havia pétalas de rosas por todo o lado, a lareira acesa, os noivos do topo do bolo ao lado de uma garrafa de champanhe e um envelope com palavras carinhosas de todos os que tinham participado na prenda! Sentei-me na cama a ler e a chorar de emoção! Sabe tão bem sentirmo-nos amados, queridos, acarinhados assim!
Para terminar posso dizer que sim, choveu, mas foi como se chovessem beijos e abraços de todos os que estiveram presentes, de todos os que gostariam de ter estado e não puderam e de todos os nossos entes queridos que já não estão entre nós. Foi um casamento de sonho! E estamos muito felizes!
(Noivo)
É, foi e será sempre, Poesia. Podemos ouvir a música que nos toca, sentir o local que nos fala cá dentro, mas, ver chegar a minha noiva, linda, sorridente, luminosa foi mais que a conjugação perfeita de tudo o que nos levou um ao outro.
Chegou o meu amor e eu mal consegui impedir de soluçar. A emoção toma conta de nós, a nossa luz faz-nos muito mais do que alguma vez imaginámos ser. Nós somos aquele momento. Ser e estar unidos num poema, amor e sonho, realidade e cumplicidade. Afinal, sempre vieste, és tu e foste sempre tu. São as minhas palavras, o meu testemunho.
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