O casamento de Micael e Bárbara em Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Famalicão

A partir daqui é que começou a correria, tirar fotos e mais fotos, vestir aquele vestido todo e eu já suava em bica, retocar a maquilhagem, colocar o véu, calçar as minhas sandálias e vamos lá para mais fotografias por todo o lado. Quando saiu do quarto e desço para a sala já vejo a minha casa cheia de gente que vieram para me acompanhar para a igreja.

Ir para a igreja, já há muito tempo que não se via nada disto na minha freguesia e eu vou dizer porquê, eu moro a cerca de 250 metros da igreja, então desde o início que decidi que não ia de carro para a igreja mas sim a pé. Motivo: atrever-me a meter aquele vestido todo dentro de um carro para andar 1 minuto, não obrigado, então lá vou eu com um monte de gente à minha volta e começa a ir gente mais à frente para mandar o noivo para dentro da igreja.

Estou eu a preparar-me à porta da igreja para entrar e aí é que começaram os nervos e comecei a tremer, o que eu me lembrei de fazer foi não olhar diretamente para o noivo, porquê? Eu nervosa como estava, olhei de relance para ele e ele estava com os olhos cheios de água, se eu continuava a olhar para ele ia desabar a chorar em frente aquela gente toda, ia estragar a maquilhagem toda e nunca mais ia conseguir parar, então fiz aquele corredor olhando para os convidados que lá estavam por nós e lá me safei, quando cheguei à beira dele já não se passava nada, os nervos já tinham ido todos embora.

O nosso padre fez uma bonita homilia e toda a gente adorou a missa, mas o que as pessoas adoraram mais no meio disto tudo, o que é que foi? Foi, sem dúvida alguma, a voz do André e todo o grupo que o acompanhava (Happy Moments). O André tem uma voz de louvar e sem dúvida que é o melhor no que faz.

Missa passada e vamos lá carregar os noivos de arroz, e carregaram mesmo visto que eu quando fui tirar o vestido à noite estava cheia mas mesmo cheia de arroz por cantos que eu nem me lembrava a seguir, todo o filme para entrar no carro e vamos lá para a quinta.

Chegados à quinta, começar a preparar para entrar. Aqui é que foi toda uma logística pela parte da quinta que nunca vi igual, na altura em que casámos ainda era obrigatório o certificado digital ou teste à covid, então eles andaram pelos convidados a ver isso e eu nem tive de me preocupar com nada e quando deu por ela, já toda a gente estava à espera da nossa entrada todo o staff, desde a Rosa à D. Elsa e ao sr. Pedro, tiveram uma atenção a tudo que nunca tinha visto.

Na nossa entrada, o André (Happy Moments acompanhou-nos desde a igreja até à quinta) colocou a música que escolhemos (Panic At the Disco - High Hopes) e acendeu nas mãos dos nossos irmãos as tochas de fumo colorido, que linda entrada foi.

Agora começou uma parte para aliviar um pouco de tudo, aperitivos, conversar com os convidados, tirar as fotos com os convidados e fazer umas dinâmicas para os jogos dos solteiros, o André aconselhou fazer, no caso das mulheres, o jogo do sapato que era cada solteira colocar um sapato seu debaixo do meu vestido e o noivo ia tirando um a um até ficar só que seria da próxima a casar, no caso dos homens, aconselhou a comprar uma garrafa de whisky, eles faziam uma roda e ia passando de mão em mão até a música parar, no que parasse saía, como se fosse o jogo da bomba, até ficar só um que seria o próximo a casar. Esta parte foi mesmo divertida e para nós podermos relaxar um bocado disto tudo.

Enquanto os convidados foram entrando para o salão, nós fomos tirar umas fotografias pelos jardins da quinta. Nós não ligamos muito a fotografias mas tinha de ser.

A entrada do salão, outro momento fenomenal música escolhida: Avicii - The Nights, toda a gente adorou e toda a gente se juntou a nós para um momentinho de dança.

Decidimos fazer uma homenagem a duas pessoas que faleceram da minha família, essas duas pessoas faleceram durante o tempo em que andamos a preparar o casamento e como eram pessoas que estavam convidadas, decidimos recordá-los. E que recordação foi este momento foi feito antes de nos sentarmos para a refeição, escolhemos a música dos Linkin Park - One More Light, acendemos as velas em suas memórias e aí é que eu chorei, mas chorei mesmo com vontade, eu e mais umas tantas pessoas que sabiam quem eram as pessoas (pois não colocamos nomes em momento algum) pois o André disse umas palavras tão bonitas nessa homenagem que toda a gente desabou. Aquelas palavras encaixavam mesmo nas pessoas que eram e sem dúvida que agradeço imenso por esta homenagem.

Durante a refeição, fomos circulando pelas mesas para irmos conversando com os convidados e o André começar a cantar ao vivo durante a refeição ficou qualquer coisa.

No momento da primeira dança, aí é que foi um bico de obra a dança não era nada de especial, pois nós não temos grande jeito para dançar e decidimos que não queríamos nada muito pomposo pois as pessoas sabem que não somos nada disso. Andamos a treinar um mês a dança e sempre foi correndo bem. Aqui eu decidi me enganar a meio e começar a matutar com o noivo o que teria feito mal ou não, mas lá conseguimos disfarçar mais ou menos aqui toda a gente foi abanar o capacete com a ajuda do Babysitter (Miguel contratado pela quinta) que fez um trabalho fenomenal com miúdos durante a refeição e com os graúdos na pista de dança. Foi sem dúvida um trabalho de equipa fenomenal entre o Miguel e o André e toda a gente adorou.

O momento do corte do bolo foi lindo, lindo, lindo.

Um corredor com as pessoas a segurar sparkles, a varanda decorada com o bolo que adoramos e músicas de fundo? Isso é que foi um momento que nunca mais esquecerei, Enquanto percorríamos aquele corredor, o André cantava a música dos Il Divo - Hasta Mi Final, ai aquela voz, e a Catarina tocava violino, que momento tão bonito a seguir, cantou a música do Elton John - Can You Feel The Love Tonight, tanta nostalgia e no final, o momento que mais gostei foi a Catarina no violino a tocar a música do Avicii - Wake Me Up para um pé de dança antes de voltarmos a entrar e descontrair mais um pouco, sem dúvida a nossa cara.

Depois de tudo isto, começou a descontração total. Umas músicas ao nosso gosto enquanto nos íamos despedindo das pessoas que iam embora, pois no dia seguinte era dia de escola para as crianças.

Sem dúvida que o nosso dia foi mesmo a nossa cara em todos os momentos e não podíamos ter escolhido outras pessoas para nos acompanhar neste nosso grande dia.