O casamento de Miguel e Ana em Póvoa de Varzim, Póvoa de Varzim
Rústicos Verão Branco 5 profissionais
M&A
13 Ago, 2023A crónica do nosso casamento
Todos, quando éramos jovens, pensamos “e se eu casar um dia?” Eu nunca fui essa pessoa, perdi o meu pai cedo então, para mim não fazia sentido não ter ambos os pais a entregarem-me ao me futuro marido no altar. Já o meu marido sempre quis casar e como é uma pessoa persistente, após 4 pedidos (com anéis de noivado, atenção, devo ser a pessoa com mais anéis de noivado do mesmo homem no mundo) e dois filhos, decidimos casar. E ainda bem! Que dia lindo que foi. Somos emigrantes, como eu emigrei depois dele, organizei tudo o que dava antes de ir e decidimos vir apenas três dias antes do casamento. Eu deixei tudo organizado apesar de estar confiante que tudo estava orientado, havia sempre aquela sensação de incerteza mas, estava tudo (quase, mais à frente saberão a que me refiro) a não ser os sapatos dos nossos filhos que seriam os meninos das alianças. Então cheguei e apenas tive de ir buscar o vestido, comprar os sapatos deles, ir buscar o fato, ir ao padre, buscar os ramos, levar algumas coisas a quinta e descansar. No dia antes, fui ao cemitério levar um centro lindo que mandei fazer para o meu pai fiquei lá um pouco numa conversa interior com aquele que foi o meu primeiro amor. Depois foi apenas relaxar, não senti os nervos à flor da pele, não me senti ansiosa (o que acreditem que é estranho), estava estranhamente tranquila dadas as circunstâncias. O mesmo acontecia com o noivo mas ele foi assim desde o início dos preparativos, só se preocupou com a degustação e bebida. Optamos por ser tradicionais em alguma coisa e dormimos em casas separadas. No dia 13, acordei as 5 horas da manhã onde me preparei com as minhas tias, prima e a minha filha. Tudo muito natural e normal, não sentimos a mínima pressão do dia, a única coisa que me faria ficar stressada, seria existirem atrasos, e para mim 1 minuto já é chegar tarde. Já estando preparada e ver todos a se vestirem e assim por já serem 10 horas, comecei a sentir que ia haver atraso do fotógrafo que chegou às 10:05 mas foi o suficiente para eu sentir o nervosismo a subir, não era grave nem minimamente grave mas eu sonhei tantas vezes que chegava atrasada e o padre não me casava que estava assustada. Mas correu tudo bem, a equipa de reportagem era a melhor que podia ter escolhido, não senti a pressão nem por dois segundos, foi tudo muito descontraído, parece que tiveram la apenas 10/15 minutos… A ansiedade e o nervosismo subiram em flecha, nem me conseguia rir que os lábios tremiam, e, normalmente não demonstro quaisquer emoções. O fotógrafo (José Novais) disse “olha que o noivo está super calmo” e não duvidei, eu sabia que ele apenas se iria emocionar várias vezes, afinal era um dos sonhos dele a serem realizados. No fim das fotografias descontraí mais, ainda faltava 40 minutos então bebi um copinho de champanhe para descontrair, os meus filhos estavam lindos e antes que se sujassem decidimos ir indo que já se sabia que na zona há sempre trânsito e era para garantir que se chegava a tempo. Chegamos à igreja faltava 15 minutos, por momentos relaxei, amarrava-me e apertava a medalha do meu pai a pedir força e bênção, para o noivo não ver, fomos dar mais uma voltinha enquanto a entrada dos convidados e padrinhos se iniciava. Chegámos de novo a porta da igreja, sai do carro onde as minhas Damas de Honra e os meus filhos se encontravam, o fotógrafo começou a pedir para elas entrarem. Os meus filhos tem 4 e 6 anos e eram os meninos das alianças e eu ia entrar com a minha mãe, os meus filhos não quiseram ir à frente então entramos os três juntamente com a minha mãe, assim que ouvi a voz da Patrícia Teixeira cá fora, arrepiei-me e quando começo a entrar comecei logo a chorar, sabendo que do outro lado estaria o pai dos meus filhos, virado para o altar e a chorar também a meio do percurso ele virou-se, recebeu os filhos, a minha mãe entregou-me e ele recebeu-me, os dois a chorar 🥹 o casamento foi numa Basílica numa missa de domingo, todos choraram, até desconhecidos, foi um momento lindo e bastante emotivo. Ao meu lado esquerdo, estava um lugar decorado com a fotografia do meu pai, isso fez com que todos os que entravam e olhavam ainda chorassem mais. O Padre Avelino, fez uma missa linda, sentíamos o amor até de pessoas desconhecidas ali presentes. Choramos todos tanto que nem conseguíamos ler direito, partilhamos um lenço de papel, eu disse-lhe “isto vai ficar no vídeo"… Não havia explicação para o que estávamos a sentir, estávamos realmente de coração cheio. Após a missa, fomos assinar os papéis e quando saímos havia pessoas que estavam na missa e que não nos conheciam a dar-nos os parabéns, a desejar-nos felicidades e a chorarem. Quando isto acontece, é sinal que realmente sentia o amor de nós para eles e deles para nós não é? Tranquiliza e enche-nos o coração. No fim seguimos para a festa, escolhemos a Quinta A.Souto e não podíamos estar mais felizes. Chegamos a quinta e nós, noivos, vamos para uma sala comer uns petiscos e beber o que quisermos até os convidados todos chegarem e entrarem, aproveitei para tirar o corpete, descalçar os saltos, tirar o véu, e me preparar para usufruir muito do dia. Quando tudo estiver preparado, fazemos a entrada na quinta. Na nossa entrada, escolhemos um DJ que fazia parte dos tempos de amizade do local que frequentávamos e tinha a minha amiga de infância a cantar a nossa música, não nos encontrávamos também há muitos anos então também foi um momento bastante emotivo. Na quinta a Alexandra e o STAFF eram incansáveis com as pessoas, não faltava absolutamente nada. A equipa de reportagem, o DJ, o staff da quinta todos em sintonia e muitos não se conheciam. Eu disse no início que era uma noiva relaxada não é? E fui, fiz tudo com tempo e ao pormenor, sabem o que me esqueci? Do ramo das solteiras 🥹 tranquilo, lembrei me do ramo da frente do carro dos noivos, disse ao meu primo (que era o padrinho e dono do carro) para ir buscar, atirei o ramo das solteiras onde apanhou uma grávida (segundo filho, merecia não é verdade?) que enquanto escrevo a crónica o meu marido viu que ficou noiva (dei sorte a alguém) e o meu ramo eu decidi entregar à minha mãe. Apenas convidamos pessoas com quem lidamos diariamente, então era um casamento pequeno e não podia ser de outra forma. Todos se conheciam, todos estavam lindos, tudo estava bom, tudo estava ótimo. A nossa primeira dança nós aprendemos em casa, apesar de ter ensaiado com um cobertor a imitar a cauda do vestido (dica de ouro) eu gosto muito do conforto, tentamos a coreografia mas acabei enrolada no vestido e desistimos, dançamos só amarrados um ao outro, onde se juntaram os pais e padrinhos e foi lindo. O nosso corte de bolo também foi outro momento especial, tudo é coordenado ao segundo na quinta, tudo é lindo. Um corredor mágico de pessoas até a cúpula, e depois outro corredor de luzes até ao local do bolo… Foi muito bom e mais uma vez emotivo com a minha amiga de infância a cantar novamente. Há de tudo a acontecer, cones de fogo primeiro, depois o cuspidor de fogo, depois a cascata e fogo de artifício. Todos adoraram e nós também. Quando voltamos para dentro, comemos o bolo e distribuímos sticks LED foi a melhor coisa que fizemos e foi assim a última da hora, achávamos que íamos ter poucas pessoas a dançar então só compramos 35 mas toda a gente queria. As pessoas que não dançam estavam no lugar e acabavam de participar de alguma forma, portanto noivinhas, aproveitem a dica e tenham a burros LED para a hora louca (tivemos pulseiras no corte de bolo da nossa filha e se não estiverem boas, rebentam e estragam as roupas, prefiram mesmo sticks ou assim). Tivemos muita dança, muita animação, conversamos e demos atenção a toda a gente. Quando todos estavam a ir embora, ficamos só nós e dois casais que são das minhas melhores amigas, eu disse ao meu marido “agora que todos se foram, bora beber à vontade”, o DJ meteu boa música e curtimos tanto o fim… Voltamos a dançar só os dois, dançamos com os nossos amigos que estavam felizes, juntaram-se elementos do staff e a Alexandra. Terminamos as 3 horas e pouco, fomos para a suite, usufruímos da companhia um do outro a sós (já que temos filhos não temos esse tempo sem pensar que temos de dormir porque eles acordam cedo), conversamos muito também… No dia seguinte acordamos cedo na mesma fomos presenteados com um pequeno almoço maravilhoso no jardim onde podemos usufruir daquela paz, daquele local que nos fez tão felizes por um dia com um sol lindo… Nós não podíamos estar mais felizes com todas as escolhas que fizemos e recomendamos a 1000% todos os nossos fornecedores que nos facilitaram a vida em tudo sem nos tirar a oportunidade de vivenciarmos o dia e sobretudo com a felicidade de todos os nossos convidados.
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