O casamento de Milton e Bárbara em Lisboa, Lisboa (Concelho)
Modernos Primavera Azul 4 profissionais
M&B
10 Mai, 2019A crónica do nosso casamento
Ao fim de 5 anos de noivado, num dia igual a tantos outros, a caminho do trabalho, nos transportes e a falar sobre marcação de férias, decidimos assim que no mesmo ano casaríamos. Estávamos a meio de fevereiro e o casamento seria em maio. Uau! Nem queria acreditar que finalmente havíamos falado em data. Que alegria.
Mas depois: pânico! Como é que iria preparar um casamento com tão pouco tempo? Mais grave: o que poderíamos fazer, dado que o nosso orçamento era minúsculo? Mas tudo tranquilo, desde que conseguisse marcar as despedidas de solteiros a tempo. Contar à família e amigos foi uma aventura. Apanhámos toda a gente de surpresa.
Depois da alegria, veio a tristeza, pois na realidade teríamos de abdicar de imensas coisas e pessoas. E, com isso, a ideia de casar de branco e a festa de arromba, o tão esperado dia com tudo a que tínhamos direito, foi sendo cada vez mais um sonho, uma miragem e não uma realidade.
Encarámos (encarei) o desafio e decidi que quando se quer, tudo é possível! Afinal, esperei 12 anos pelo pedido e mais 5 para finalmente termos data. Não ia desistir agora.
Continuar a ler »Primeiro passo, foi decidir o vestido: algo informal e chique qb, depois pensaria no resto. Paixão à primeira vista por um vestido verde, ninguém casa de verde, não é? Pois então, eu decidi que iria ser uma noiva diferente e trouxe o vestido comigo.
Escolhemos as alianças, roupa e calçados orientados e eis que o vestido é novamente assunto. Pois é, achava eu que não iria casar de branco e que tudo ia ser diferente. Mas aquele vestido chamou por mim. Fui ajudar a minha mãe a escolher o seu modelito para o grande dia e entrámos numa loja, a qual eu tinha imensa curiosidade de ir espreitar. Nenhum dos vestidos lhe agradou, mas como ela estava à conversa com as senhoras, vi uma renda no meio de várias peças de roupa de festa. Peguei no cabide e foi o grande Sim! (parecia um momento “Say yes to the dress”). Como já tinha um vestido, voltei a arrumar o “the one”.
1 dia depois sonhei com ele, regressei à loja e disse que tinha de o experimentar, porque tinha sonhado que ia casar com ele. Vesti e caramba! Não é que serviu que nem uma luva? Qual pneu, qual curva inestética. Senti aquela tão esperada sensação do “É este!” Foi dos momentos mais felizes! O melhor de tudo é que só ia demorar 1 semana para ser efetivamente meu.
Finalmente, marcar a data. E aí começaram as aventuras e nervos a sério! O dia estava a chegar e nada de recebermos resposta do registo. Processo andou meio que “perdido”, tivemos de ligar constantemente para o registo no meio de uma greve dos serviços. Ninguém sabia de nada. Com tanta desorganização, já não tínhamos horário disponível, um drama! Mas graças a Deus, falámos com as pessoas certas na hora certa e 2 dias antes da data, ficou tudo acertado e conseguimos casar no dia e horário que queríamos. 2 dias antes! Não ganhei para o stress.
No meio tempo, os detalhes foram sendo tratados: porta-alianças, lembranças, centros de mesa, que tipo de cerimónia, o ambiente em si, e contámos com a ajuda preciosíssima da minha mãe! Uma habilidosa!
Eu tinha as ideias e, depois, entre as duas dividíamos pelas habilidades a parte que cada uma iria executar. Resultado? Um porta-alianças super original, lembranças low-cost e giras, uns centros de mesa maravilhosos e o melhor de tudo: um buquê lindíssimo.
A escolha do espaço não foi fácil e como quis surpreender o noivo, deliberadamente, não o envolvi na escolha do mesmo. Sabia o que iria agradar e quis surpreender!
A Quinta do Joinal foi a única quinta que vi, porque foi amor à primeira vista em todos os sentidos. As fotos no site não fazem jus ao espaço e acreditem mesmo, que não!
Com o apoio da Telma e da Andreia, pusemos em marcha um evento totalmente “out of the box”. Foram impecáveis e incansáveis! Claro está, que o resultado não poderia ser outro – um dia perfeito!
Pelo caminho, o nosso orçamento sofreu um corte inesperado e por isso fotógrafo profissional foi algo que tivemos de abdicar; algumas pessoas importantes não iriam ao casamento; a nossa criança adoeceu e nem sabíamos se estaria bem até ao grande dia, porque a recuperação era demorada; no registo não encontravam o nosso processo, enfim, uma confusão e desespero total.
De véspera, pus as amigas a tratar dos últimos detalhes e foi maravilhoso envolvê-las! No dia, o sentimento era comum: todos haviam contribuído para um dia muito especial.
Chegou finalmente o grande dia! Nervosismo? Não. Ansiedade? Sim e muita.
Dormi bem, mas não consegui colocar comida alguma no estômago. Apressei toda a gente para que tudo decorresse dentro do horário marcado com o registo e com a quinta.
Saí cedo para a maquilhagem e depois segui para casa da mamã, para vestir o maravilhoso vestido branco. Finalmente havia chegado o dia para o sentir totalmente meu.
Agora vamos às surpresas. As amigas não sabiam que eu ia casar de branco e quem se ofereceu para fotografar o meu dia foi uma amiga muito querida de longa data. Amiga de uma vida, que ficou tão triste quando lhe disse que não iria de branco. Até quis emprestar o vestido dela só para eu não lhe fazer a desfeita de não ir a rigor. Queria estar vestida, pronta para sair, quando ela chegasse a casa da minha mãe. Abri a porta e ela limitou-se a olhar para mim de máquina apontada, sem disparar uma única fotografia. Ficou a olhar boquiaberta e começou a chorar de alegria.
Morar em Sintra é nunca contar com tempo certo e, por isso, estava um frio de bater o dente e a chover! A sério que o São Pedro me deu chuva, logo neste dia? Mas tudo se resolveu.
Encarámos Lisboa, de carro num dia de semana. Faltavam 10 minutos e ainda tínhamos de estacionar! Esta noiva saltou do carro e disse: “Mãe, anda comigo! Eu vou chegar a horas! Os convidados é que se podem atrasar, não eu”. E lá fui, 2 quarteirões pela Avenida Fontes Pereira de Melo abaixo, vestida de noiva.
Foi a risada de alegria!
Se acham que este dia estava a correr bem, desenganem-se. O noivo enganou-se numa saída e por isso esperei e desesperei por uns belos 15 minutos!
A sala do registo, estava a contar que fosse uma salinha minúscula, com 1 mesa e 3 cadeiras, mas afinal aquilo era digno de ter levado todos os convidados. Era uma sala bem apresentável. Quase parecia uma igreja com tanto espaço.
Os amigos puseram a marcha nupcial a tocar no telemóvel e, na entrada da noiva, quem é que estava nervoso? O meu irmão! Por infelicidade do destino, o nosso querido pai já não está entre nós e a ele coube-lhe esta importante tarefa. Não sabia onde colocar as mãos e nem o que tinha de fazer. Estava tão nervoso o meu maninho.
A conservadora era uma querida. Tínhamos 3 crianças com 2 e 3 anos e ela não se incomodou com a agitação dos pequenos. Fez questão de deixar toda a gente à vontade e assim do nada, os garotos ficaram tranquilos. Foi uma cerimónia rápida, mas muito bonita.
No meio de tanta coisa, à última da hora, ninguém se lembrou de enfeitar o carro, por isso os nossos compadres fizeram-nos a surpresa e decoraram o seu carro, todo aperaltado para nós, à saída da conservatória.
Finalmente, juntámo-nos aos restantes convidados que nos esperavam na quinta, na margem sul do Tejo e, só quando chegámos à quinta, é que consegui comer alguma coisa. Foi respirar de alívio e deixar o dia acontecer!
Novamente, o S. Pedro a aprontar, lá nos deu uns chuviscos, mas não impediu que a receção e almoço decorressem de forma agradável e descontraída.
Quanto à escolha da quinta, que assumi essa tarefa sozinha, o maridão adorou a quinta, a escolha do menu, a decoração, tudo! Fiquei tão feliz e finalmente senti-me a descontrair.
O meu marido tem a pesca como hobby pelo que, ainda que não fossem personalizados, escolhi uns noivos para o nosso bolo alusivos à mesma. Sabia que esse seria o momento alto para ele e não me deixou ficar mal. Ele só perguntava se podíamos cortar o bolo e levar os bonecos para casa. Disse-lhe que iam para casa sim, mas só dali por 1 ano.
O momento do bolo foi muito emocionante, pois a minha avó paterna havia feito 90 aninhos 2 dias antes e surpreendemo-la com os parabéns cantados por todos. Foi um momento muito especial.
Durante o almoço, finalmente, o tempo melhorou e tivemos sol e muito calor. Os garotos puderam finalmente brincar no exterior à vontade. E nós pudemos ter a nossa sessão de fotos e convívio descontraído e desfrutar da vista maravilhosa sobre o Tejo.
Finalmente uma palavra para os nossos convidados: porquê um casamento às pressas ao fim de tantos anos de espera? Porquê a data em especial? O pedido aconteceu em 2014, mas fomos adiando o casamento ao ponto de quase desistirmos.
A nossa família e amigos sabem que estamos juntos há imenso tempo, mas quanto tempo exatamente poucos sabem e alguns já nos conhecem desde sempre como um casal.
Em 2019, neste dia, fazia 17 anos que nos tínhamos conhecido.
Era a data perfeita para casar com todas as nossas escolhas para este dia e assim foi.
A nossa relação não é perfeita, mas na imperfeição vamos encontrando o nosso equilíbrio. Desde os nossos 20 aninhos que crescemos juntos, aprendemos a discordar e a concordar um do outro. Temos muitos altos e baixos, mas aprendemos com o que a vida nos deu. Antes mesmo do casamento, do filho, do viver juntos, já sabíamos que seríamos a família um do outro. O que temos feito ao longo do tempo é concretizar isso mesmo. Sermos uma família, um lugar seguro um do outro, sermos companheiros e amantes nesta vida.
Ao nosso dia faltou ficar até às tantas da noite, faltou o bailarico e tantas outras coisas, mas temos a certeza de algo: se fosse para casar hoje, seria tudo igual! Fica a certeza de que as nossas escolhas se enquadraram naquilo que somos: simples, alegres, doidos e descontraídos!
Para fechar, o bouquet. Como faltaram algumas solteiras, tive que improvisar e convidei a nossa organizadora para se juntar a nós. Cada uma das solteiras tinha uma fita do meu bouquet, mas só uma estava agarrada a ele e calhou a quem? À minha querida Telma!
Uma coisa é certa, este casamento jamais poderia ser um casamento tradicionalmente normal!
Um dia haveremos de fazer a festa que nós merecemos, com as nossas pessoas queridas à volta, mas até lá, é um dia de cada vez.
E tal como no discurso de agradecimento aos nossos convidados, “amem-se e cuidem do vosso amor, todos os dias!”
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