O casamento de Nicolas e Ângela em Faro, Faro (Concelho)
Elegantes Outono Azul
N&Â
12 Out, 2013A crónica do nosso casamento
Nunca pensei que alguém se pudesse sentir tão divino como me senti naquele dia.
Foi no dia 12 de Outubro de 2013 que acordei de manhã em modo automátivo. Era hoje que uniria a minha vida à pessoa que mais amo no mundo, quem me faz sentir vida, a minha razão de respirar.
Tomei um bom duche e saí para a cabeleireira. Regressei a casa, comi e preparei-me para a maquilhagem.
Oh meu Deus, estava tão nervosa que nem conseguia raciocinar. Vesti o vestido. Senti-me uma princesa, como toda a mulher se devia sentir nesse dia.
Quando dei por mim estava pronta e na sala com os convidados mais chegados para as fotos. Comemos aperitivos, recebi felicitações e tentei acalmar o meu coração.
Olhei para as horas e já eram 11h, tínhamos que partir, o tempo passou a correr!
Entrei no carro, os meus padrinhos todos babosos, a minha mãe chorava. O meu padrinho foi o meu tio, marido da única irmã da minha mãe e a minha madrinha nunca o foi oficialmente até ao dia, mas sempre me lembro de a tratar assim, pois ela era madrinha de batismo do meu irmão.
Continuar a ler »Cheguei à Igreja do Espírito Santo, que frequentamos, que fica entre Faro e Olhão, no sítio do Areal Gordo.
Retoquei a maquilhagem, olhei para as mãos e tremiam demasiado, senti o coração a acelerar até à red line. Saí do carro, dei as indicações às damas de honor e à menina das alianças mais bem comportada do Universo - a filha da minha madrinha que tinha 4 aninhos.
Era agora, era para sempre. Calma Ângela, recompõe-te senão desmaias.
O meu tio foi quem me levou ao altar. Dei indicações ao rapaz do som que pusesse a marcha nupcial versão jazz e preparei-me para entrar pelo salão da igreja.
Ele estava lá ao fundo, à minha espera, com um sorriso de orelha a orelha. Nem acredito, é ele mesmo, senti arrepios pelo corpo todo. Entrei e todos se levantaram para me ver desfilar. Foi rápido demais, ao princípio pensei que ia a correr, se não fosse pelos sapatos que levava.
A minha mãe chorava, a minha tia chorava, todos tinham a lágrima no olho. Sinto-me uma deusa, sinto-me no céu. Cheguei à frente do altar, ao pé do meu amor, que me levou pela mão até ao palco onde nos sentámos no banco das "ocasiões especiais".
O bispo cumprimentou-nos e deu início à cerimónia. A palavra foi sobre as 7 bodas de Canaã, onde Jesus fez o seu primeiro milagre: transformar a água em vinho.
O relógio estava a rodar depressa demais, acabou rápido, trocámos as alianças, declarações de amor (que o meu amor levou preparado num papel no bolso interior do casaco) e votos de eterna dedicação um ao outro.
Eu canto e o meu marido toca bateria, por isso pedimos ajuda ao pianista da igreja e cantámos a música "Deus abençoa o meu lar" para os nossos convidados. Recebemos as felicidades de todos, tirámos fotos e preparámo-nos para sair para a "arrozada" (arroz e pétalas de rosas de várias cores).
Fomos de seguida às apitadelas até ao Jardim da Alameda em Faro, onde tirámos as fotos formais com os convidados. Tinha previamente pedido ao fotógrafo que o fizesse rápido para a fome não apertar nem as pessoas ficarem demasiado cansadas.
Seguimos então caminho até S.Brás onde seria o copo de água no restaurante "Horta". Tínhamos à nossa espera a mesa de receção com o placard dos lugares. Entrámos na sala ao som da nossa música, "After all is said and done" de Beyoncé e Marc Nelson e com os aplausos de todos. Senti-me a corar.
Sentámo-nos, agradecemos a presença de todos e começámos a petiscar. No menu havia a sopa, arroz de marisco e lombo assado. Para além disso havia inúmeros bolos e aperitivos.
O mestre de sala e todo o pessoal do atendimento foi impecável, dignos de muitos restaurantes cheios de requinte.
O nosso dia foi simples, quase toda a decoração foi feita por mim. O bolo, que ocupou um dos papéis principais do dia, estava ao lado do pianista que deu música ambiente durante quase todo o dia.
Depois dançámos ao som da inconfundível voz de Elvis Presley - Can't help falling in love with you. Nem acredito que cheguei até aqui, finalmente estou unida para a vida com o meu mundo, o meu orgulho. Estou nos braços do meu herói, do meu menino, do meu melhor amigo, do meu mais que tudo.
Ao escrever esta crónica pus a lista de músicas que escolhemos para banda sonora do nosso dia. Sinto a lágrima a querer vir cá para fora.
Foi o melhor dia da minha vida. Já passaram mais de 7 meses desde o casamento, estamos à espera da nossa filhinha Alice que está na minha barriga à 5 meses e meio e não posso desejar mais nada. Tudo tem sido perfeito, temos sido cada vezes mais felizes, tem sido sempre "a subir", como eu gosto de dizer.
Depois abrimos o baile e começou a música animada para o pessoal "abanar o capacete".
Fomos comendo, bebendo. Quando demos por nós estava o dia já a acabar. Em breve iriamos para a nossa casa passar a nossa primeira noite enquanto casal.
Os nossos convidados mais jovens fizeram questão de arruinar o nosso carro com grafitis feitos com ketchup e o que tinham à mão. Antes de irmos para a Lua-de-mel que foi em Portimão, ainda tivemos que passar na lavagem para tentar apaziguar os "estragos".
Chegou a hora de partirmos o bolo. Foi feito pela Paula da empresa "Os Bolos do Rafinha". Foi ao som de Aerosmith - Don't Wanna Miss A Thing, mas a versão de Savannah Outen & Jake Coco. Desastrada atirei a fatia de bolo para cima do noivo, mas o resultado foram só risos e depois demos uma fatia a cada convidado. Estava delicioso, tinha 4 andares, um deles está ainda no congelador para abrir quando fizermos um ano de casamento. Ainda não sabemos quem vai pagar o jantar pois foi quem roubou os noivos. Temos as nossas suspeitas...
Fizemos um jogo de cadeiras para dar a flor do noivo aos rapazes depois do tradicional "atirar do bouquet" às raparigas.
Foi um dia lindo. Apenas o lembro com alegria, desejando que durasse mais tempo mas amando cada dia que tenho vivido desde então. Acredito que há pessoas que foram mesmo feitas uma para a outra.
No fim do dia distribuimos as lembranças de casamento, trocámos os nossos presentes um para o outro. Escolhemos a mesma coisa - um relógio.
Depois acertámos as contas com o restaurante e com o animador, agradecemos o serviço maravilhoso que providenciaram e pusémos as coisas no carro para seguir viagem para casa.
Olhando para trás parece que já foi há tanto tempo. Pode não ter sido um dia cheio de luxo, mas estou tão feliz. Usámos o dinheiro que poupámos para decorar a casa e começar a nossa vida. Cada convidado pagou a sua parte. O resto foi tudo pago com o nosso esforço e não estou arrependida.
Sou com orgulho uma mulher casada, e com ainda mais orgulho, esposa de um homem que já não se fazem iguais. Um homem atencioso, carinhoso, trabalhador e tão generoso. Nem tenho adjetivos para o descrever de tão maravilhoso que é. O dia em que nos casámos foi o início de uma vida que tem sido um sonho e assim há-de continuar, Deus queira.
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