O casamento de Nuno e Luísa em Vila do Conde, Vila do Conde
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15 Mai, 2015A crónica do nosso casamento
Vai ser díficil escrever esta crónica porque é dificil escrever sobre a felicidade!
Sei que vai parecer um lugar comum e, eu própria, sentia assim até ao dia 15 de maio de 2015 que foi sem dúvida o dia mais feliz da minha vida. E olhem que já tenho 53 anos bem vividos!
Foi o meu primeiro casamento e, ao contrário do que imaginava, estava super calma e descontraída, senti-me uma princesa e a felicidade esteve estampada o dia toda na minha cara.
Acordei às 8 horas da manhã, ao lado do meu «ainda noivo» depois de uma noite em que, contrariamente ao normal, dormi lindamente. Tomei um bom pequeno almoço e esperei que chegasse a minha sobrinha e madrinha de casamento para irmos ao cabeleireiro. Às 10 da manhã lá foi o noivo, levou-me à florista para pegar nas flores que ia levar no cabelo e de seguida deixou-nos na cabeleireira.
Ri-me o tempo todo e senti-me sempre, mas mesmo sempre, calma. O cabelo ficou lindo e foi engraçado porque uma cliente do cabeleireiro achou que a noiva era a minha sobrinha e eu a mãe da noiva, mas nem isso me tirou a boa disposição.
Continuar a ler »Viemos para minha casa de táxi e almoçámos calmamente, só as duas, porque não quis mais ninguém comigo. A minha sobrinha é super calma e organizada e eu sabia que seria a madrinha perfeita.
A maquilhadora chegou à hora marcada e foi uma maraviha ser maquilhada por ela, fartei-me de falar, porque sou super faladora e, de vez em quando, ela lá me pedia para me calar. Depois de 1h45m fiquei com uns olhos enormes, como nunca tinha tido, e a sentir-me a mulher mais linda e afortunada do mundo.
A minha sobrinha ajudou-me a vestir e quando fiquei pronta ela disse “Estás tão linda”! Emocionei-me e vacilei, mas realmente não chorei, estava feliz demais.
O meu irmão veio-me buscar à hora marcada, 16h, no carro antigo que é dele e que brilhava por todo o lado. Quando me viu, vieram-lhe as lágrimas aos olhos e disse o mesmo “Estás tão linda”! Não conhecem o meu irmão, porque se conhecessem, ficavam com a lágrima no canto do olho. Ele é super reservado e as palavras dele ainda hoje me ecoam na minha cabeça! Se eu já estava feliz, mais feliz fiquei!
Cheguei à Quinta da Mota à hora combinada e fiquei dentro de casa a espreitar para o jardim para ver o noivo que estava super chique e lindo de morrer! Juro que nem nessa altura fiquei nervosa. Quando chegou a altura caminhei lentamente ao som da musica “A thousand years” de braço dado com o meu irmão em direção ao noivo.
Calma, mas calma mesmo, não me perguntem porquê, porque não tenho explicação.
Fui rindo para algumas amigas minhas que não via há imenso tempo (não moram cá) e vi o meu amor a olhar para mim com os olhinhos verdes a brilhar. E aí sim, explodi de felicidade! Ele disse-me com os olhos em palavras “Meu Deus, estás linda!”.
Bem não me posso alongar muito, mas o que mais recordo da cerimónia foi o momento em que ele se surpreendeu por eu ter adotado o apelido dele, foi uma surpresa que lhe fiz e ele adorou. A minha enteada mais nova trazia as alianças e foi aí que vi as duas super lindas e felizes.
E pronto, a partir daí foi festa e mais festa, a decoração estava linda, as pessoas super animadas e tudo muito bem disposto e feliz por mim.
A entrada no salão foi maravilhosa, tudo de pé a bater palmas e eu a sorrir. Houve uma música qua dançámos, o filme que a minha sobrinha fez para nós, o discurso do meu cunhado, a música que o maridão cantou para mim, “Luísa” dos Dama, a música que a minha enteada cantou dedicada a nós, a dança que a outra enteada coreografou, enfim nem dá para descrever. Até a minha mãe com 89 anos dançou!
Bem, dancei, dancei, ri, cantei, sorri, comi imenso, estive super descontraída e divertida. Acho que mais felicidade do que a que senti o dia todo deve ser dificil.
Sou uma afortunada, casei com o amor da minha vida e tive o meu casamento de sonho. Nunca desistam de ser felizes, eu nunca desisti e sou a prova de que quando menos se espera o amor verdadeiro chega.
O meu está aqui ao meu lado a ler esta crónica e a sorrir e sei que será assim até um de nós partir. Acreditem sempre!
Só há uma tristeza que não tem tamanho, a falta do meu pai que partiu o ano passado sem me ver assim feliz, mas sei que onde está, ficou feliz por mim.
Luisa Vasconcelos (agora e para sempre Vasconcelos Ferraria).
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