O casamento de Nuno e Sara em Gondomar, Gondomar
Rústicos Outono Branco 4 profissionais
N&S
27 Set, 2014A crónica do nosso casamento
Olá a todos/as!
O dia 27 de Setembro de 2014 foi inesquecível. Depois de quase 8 meses de noivado e muitos afazeres finalmente tinha chegado o nosso dia.
Durante esse tempo recorri vezes sem conta ao casamentos.pt, li todas as vossas dúvidas, e não é que era as minhas? Li as vossas opiniões, as alegrias, as incertezas e as tristezas. Depois de serem tão importantes para mim nesse tempo, deixo-vos o relato dos meses que antecederam ao meu casamento e o que consigo pôr por palavras do grande dia. É um testamento gigantesco em que vos conto aquilo que eu vivi no melhor que sei escrever. Espero que seja tão útil para aqueles que vão casar como as vossas opiniões foram para mim.
Depois de descer à terra após o pedido de casamento, começamos a pensar no local. Sabíamos que queríamos casar num sábado no final de Setembro ou início de Outubro, mas não tínhamos nenhum dia específico e a data ia depender da disponibilidade quer da Quinta quer da Igreja.
Ficámos com os olhos em bico de tantas quintas vermos na internet, mas conseguimos reduzir a nossa lista a 6 quintas que decidimos contactar e visitar. Dessas, 3 tinham os sábados todos ocupados. Decidimos então meter mãos à obra, pois estávamos um bocadinho preocupados já que existem marcações com 1 e 2 anos de antecedência e nós tínhamos 7 meses até ao casamento.
Continuar a ler »Fomos visitar a Quinta do Casal em Vila do Conde. Existem duas salas distintas, com dois espaços exteriores completamente individuais. A primeira sala que nos mostraram era muito bonita, mas o estilo não era bem aquilo que nós pretendíamos, mas morri de amor pela segunda. Em tons claros, com o branco como cor principal, um teto em madeira a lembrar um celeiro, estilo rústico. Era mesmo aquilo que queríamos. Para melhorar o nosso dia, uma das datas estava livre para aquele lado e o preço era ainda melhor que no anterior – por mim estava feito.
A tentar não tomar uma decisão precipitada decidimos marcar uma nova visita para a semana seguinte e levar os nossos pais a conhecer o espaço e ver a opinião deles – claro que foi igual à nossa. Toca a sinalizar a data e começar todos os preparativos para que o nosso dia fosse espetacular.
Acredito que muitas de vós casem em quintas ou outro locais que já conhecem, que visitaram noutro casamento ou outra festa, mas connosco isso não aconteceu. Escolhemos a quinta porque gostamos do aspeto, da ementa e do preço, mas ficamos sempre na dúvida por não sabemos realmente como vai correr no dia.
Depois marcámos finalmente as provas. Foi uma tarde/noite muito bem passada, tenho de confessar, pois fiquei agradavelmente surpreendida com a comida e com o ambiente
No domingo anterior ao casamento lá fomos nós, eu triste como a noite. Quando lá cheguei até tive dúvidas se a pessoa com quem eu estava a falar era a mesma com quem tinha falado este tempo todo. Ouviu tudo o que eu queria, o que não podia ser exatamente como eu queria por uma questão de logística lá se chegou a um consenso, fez-se experiências de disposição das mesas e da decoração. No final combinamos estar lá no dia 26 com todos os elementos a incluir. Escusado será dizer que eu estava no céu.
O dia do nosso casamento superou em muito todas as expectativas. O espaço estava decorado tal como eu queria, até admito que fizeram umas alterações que só favoreceram, a comida sempre a sair quentinha e é ótima, o bar funcionou a noite toda a alta velocidade, os funcionários são uma simpatia, sempre com um sorriso no rosto e o chefe de sala foi um espetáculo. Toda a gente adorou. Não nos impuseram limite de horas (apesar de vir descrito no contrato, saímos de lá já passava bem das 4h, para não dizer das 5h) e nós e os convidados resistentes, todos eles grandes amigos, acabámos a noite a tirar fotos e beber uns copos com os empregados da quinta.
Para aquelas que estão agora a passar por isto, digo-vos apenas para relaxar. Como podem ver pelo meu relato eu não sou exemplo, mas não me valeu de nada e no final correu lindamente. Eu, tal como muitas de vós, precisava de alguém que me ouvisse durante os preparativos, vezes sem conta, que me dissesse que sim a tudo que eu imaginava, que me acalmasse.
A nossa primeira opção era a Igreja Matriz do concelho, que felizmente estava disponível para a data. Apesar de eu sempre ter idealizado casar à tarde, acabamos por casar na única vaga disponível, ao meio-dia. A decoração foi muito simples e dividida entre os noivos que casaram nesse fim-de-semana, o que foi uma maravilha para poupar uns tostões. O Padre é uma simpatia, esteve disponível para todas as nossas dúvidas, ajudou-nos nos missais e nas músicas e todos adoraram a homilia.
Para a música sacra optamos por um coro onde uma amiga de família é pianista. Ainda bem que já os tinha ouvido cantar em outras celebrações, porque não me lembro de uma única música na igreja tamanho era o êxtase.
Ao longo de toda a preparação do nosso casamento contámos com muito apoio daqueles que nos rodeiam. A tarefa de pesquisar fotógrafos para o nosso grande dia coube a uma das nossas madrinhas. Disse-lhe o que pretendíamos, expliquei-lhe mais ou menos o gostávamos e dei-lhe o nosso valor limite. E ela encontrou-nos as melhores fotógrafas de sempre. A Ângela e a Flávia, da MyFrame – Fotografia Criativa tornaram-se as nossas fotógrafas e, acima de tudo, nossas aliadas para que o dia do nosso casamento fosse perfeito. Além de fotógrafas, são também formadas em design gráfico e caso pretendam podem fazer todo o grafismo relacionado com o casamento, desde convites, a placard, marcadores de messa. É só darem asas à imaginação. Não foi o nosso caso, mas mesmo assim fartaram-se de nos dar sugestões para que tudo ficasse harmonioso.
Após reunirmos a primeira vez com elas, ficámos a saber que oferecem sempre a sessão de noivado. Não era uma coisa que fosse essencial para nós, mas após ponderarmos se deveríamos ou não realizar a E-session acabamos por fazê-lo. E digo-vos que foi a melhor decisão que tomamos. Além de ficarmos com umas fotos lindas, a sessão serviu, sobretudo para nos conhecermos melhor, aprendermos a trabalhar juntos e não estranharmos a presença das câmaras no dia do casamento.
Hoje olho para as nossas fotos e sinto-me a viver novamente aquele dia tão especial. A Ângela e a Flávia vão com certeza estar em todos os momentos da nossa vida dignos de um registo fotográfico profissional.
Contactámos diretamente o António da Once Upon A Time – Wedding Films e, não é que por milagre, o dia 27 de Setembro era o único fim-se-semana livre deles? Ufa! Ele e a Ana foram 5*, reservaram logo a data e por sorte o Nuno foi à Guarda nessa semana (sim, ainda por cima eram de longe) e tratamos logo dos papéis e de acertar detalhes. Agradeço-lhes imenso a disponibilidade e, sobretudo o nosso vídeo de casamento espetacular. Foram, sem dúvida, uma ótima escolha que recomendamos vivamente.
Pesquisei bastante aqui no fórum, li muitas opiniões vossas sobre cabelo e make up até decidir quem me ia transformar numa verdadeira princesa. Só sabia que teriam de ser profissionais que se deslocassem a casa, não queria andar em grandes correrias na manhã do casamento.
Confesso que tenho um bocadinho de aversão a cabeleireiros. Não sei se é por andar há anos a tentar pentear um cabelo aos caracóis difíceis de domar, mas passo lá o tempo indispensável para não parecer a Rapunzel. No dia do meu casamento a forma como queria o meu cabelo foi simples de decidir e tive na Vanessa Campos uma aleada de peso. Ela é um amor de pessoa, muito acessível, disposta a experimentar tudo e mais alguma coisa para que me sentisse satisfeita com a minha decisão. Já na prova gostei imenso de como o cabelo ficou, mas é claro que no dia ela teve ainda mais cuidado e o cabelo ficou impecável até ao final da noite.
A make up era uma preocupação. No dia-a-dia nunca uso maquilhagem e nos dias especiais sinto-me sempre um bocadinho “esquisita” quando me vejo ao espelho, nunca pareço verdadeiramente eu. Andei a pesquisar por aqui e acabei por contactar a Jenny MakeUp Land. Quando chegou ao dia da prova e me encontrei com ela contei-lhe um bocadinho do que seria o nosso dia, das cores que íamos usar, de como me sentia quando usava maquilhagem e dei-lhe total liberdade para fazer o que quisesse. Lá fechei os olhinhos para o início da prova e quando volto a abrir e me olho ao espelho. Meu deus, quem é aquela que está ali? Estava espetacular! Pensei para mim, se for assim no dia está bom. Mas uma pessoa tão profissional como ela não deixa as coisas por menos e no dia Adorei! Ela é realmente uma profissional fora de serie. Top!
Para a animação a nossa escolha foi muito fácil de tomar. Optámos por contratar a empresa AmbientaEventos. Já os conhecíamos de outros casamentos, gostámos do que vimos e o preço era muito convidativo.
Para a roupa, aqui a tradição ficou-se pelo vestido de noiva que o noivo só viu no dia. A roupinha dele andou sempre debaixo do meu olho.
Decidimos logo no início que ele iria de fraque. A estrutura dele permite, ele queria uma coisa que também o distinguisse dos restantes convidados e assim tomamos a decisão. O problema foi a minha mãe, que decidiu que então o meu pai também iria de fraque porque me ia levar ao altar e o coitado do homem lá teve que ir. Sempre que via o Nuno só lhe dizia – “podias ter escolhido ir de T-shirt”!
Tiramos um dia para dar uma volta pelas lojas de roupa de cerimónia para homem, mas acabámos na loja de sempre, na Gentleman. Vestiu-se da cabeça aos pés e apesar da roupa ser oferta da mãe dele ainda poupámos uns trocos em relação às lojas “especializadas”.
Faltavam só os sapatos. Mais um dia a correr tudo que eram lojas e nada de sapatos que lhe agradassem. O discurso era sempre o mesmo – os que experimentou na prova é que eram bons, esses é que estavam bons no pé, que não magoavam. Tanto me chateou que acabou por ir buscar os sapatos de prova que a senhora lhe vendeu a muito custo porque eram os únicos que tinha. Bem, ficou com a peça usada dele.
Tal como a maioria de vós, mal fiquei noiva devorei vestidos na internet. Vi tanta coisa que já nem sabia o que tinha visto ao certo. Fiquei encantada com um vestido da Pronovias, super simples, daqueles que vou olhar para as fotos daqui a 20 anos e vou continuar a gostar dele como se fosse hoje. Claro que não sabia como me iria realmente ficar sem o vestir, eu não tenho propriamente as medidas ideais e o que mais lia aqui pelo fórum eram noivas que, no final de contas, acabavam por escolher um vestido completamente diferente do que pensavam que iam gostar.
Por isso mesmo fui com a mente aberta escolher o meu vestido. Passei um dia fantástico com os meus pais e com as minhas madrinhas, a experimentar vestidos de sonho, outros que só me apetecia tirar e outros que só me faziam rir. Mas como diz o ditado, não há amor como o primeiro, e o primeiro que experimentei foi realmente o tal vestido. Sentia-me a usar um fato de treino de tão confortável que estava.
O vestido foi prenda dos meus pais, que sempre me colocaram à vontade para escolher o que eu quisesse, era o meu dia, eu tinha que ir como me sentisse melhor. Sai de lá sem vestido porque ainda ia a outras lojas, mas sabia que Aquele era o meu vestido.
Acabei por ir com a minha mãe a uma loja perto de casa para ela fazer o vestido dela e fico a saber que fizeram um vestido muito parecido com o que eu queria há pouco tempo e que se quisesse também faziam o meu. Claro que o preço era metade! Não tive como recusar. Sei bem que os meus pais não têm fortunas e que iam gastar o dinheiro que eu pedisse para me fazerem sentir como uma princesa e por isso mesmo não podia recusar esta proposta. Escolhemos os materiais todos iguais, imprimi fotos do que queria, com ligeiras alterações que acabei por fazer e fiquei a rezar para que o vestido fosse realmente Aquele.
A primeira prova foi terrível, saí de lá em lagrimas. Estava à espera de ver o meu lindo vestido e o que tive para experimentar foi um monte de tecido branco meio alinhavado sem jeito nem maneiras. Chorei, chorei, chorei. Lá fui eu à 2ª prova 15 dias antes do casamento. Nem dormi bem nessa noite. Eu já pedia um vestido qualquer, nem precisava ser realmente o que eu queria e não imaginam o alívio que foi experimentar o vestido. Ver finalmente que aquele monte branco se transformava aos bocadinhos no que eu tinha imaginado foi realmente muito bom. E no dia do casamento lá estava ele prontinho para eu o usar.
Querem saber se ficou exatamente como eu queria, se era como o original? Não! Nunca foi exatamente o vestido de sonho. Se o que eu tive compensou os meus pais pagarem metade do valor, claro que sim. Agora que sei como elas trabalham fazia outra vez a mesma escolha.
As alianças foram uma escolha fácil. Somos da terra do ouro! Comprámos as duas por o preço de ½ numa ourivesaria. Decidimos desde o início fugir às ourivesarias mais conceituadas e que cobram um balúrdio pelo que quer que seja. Já com o anel de noivado, o Nuno tinha feito o mesmo. Recorremos a ourives particulares que vendem as peças deles a essas ourivesarias caríssimas. Claro que conhecíamos alguns, o que facilitou as coisas e comprámos exatamente o que queríamos – BBB – bom, bonito e barato.
Para o grafismo / decoração tivemos a maior sorte do mundo. Nunca idealizamos o nosso casamento baseado num tema. Quando falávamos no casamento toda a gente nos perguntava qual seria o tema e nunca tínhamos uma resposta bem definida. Chegámos a pensar arduamente em algo específico mas nunca chegávamos a nenhuma conclusão. Queríamos que tivesse umas cores suaves, que fosse mais para o rústico do que para o chic (mas com alguns apontamentos interessantes) e sobretudo queríamos que as pessoas se sentissem bem e confortáveis, mais do que muito impressionadas. Na nossa mente (mais na minha, claro está) esta ideia estava muito clara, mas nem sempre muito fácil de explicar a quem nos rodeava. Por isso, e porque queria poupar o que conseguisse, decidi chatear uma grande amiga minha para me ajudar a fazer o que conseguisse em casa.
A Ju (a quem aproveito para agradecer publicamente) é designer gráfico. Trabalha numa área completamente diferente do mundo dos casamentos e, quando lhe perguntei se me dava uma ajudinha a fazer os convites, vi na cara dela um misto de terror e curiosidade. Tenho de admitir que não a ia chatear, mas depois da primeira tentativa de elaboração dos convites feita por mim e pelo Nuno ter resultado num desenho de um miúdo de 4 anos, achei que devia aliciá-la.
Como devem imaginar ela foi o meu pilar durante os meses de preparação do casamento. Quando me surgia alguma ideia ligava-lhe logo, dizia o que tinha pensado e mais não sei quantas coisas que me lembrava na altura. Ela tem a maior paciência do mundo e lá me ia dizendo o que achava que podia resultar, o que achava que eu já estava a inventar e deu muitas e boas ideias para que o resultado final fosse o que fosse. Acabamos por encontrar não um tema, mas um elemento que foi transversal a tudo o que fizemos, o coração de ouro de Gondomar, a nossa terra natal. Devo-lhe a ela ter posto em papel tudo o que ia na minha cabeça. Desde os convites, aos missais, aos cones, aos marcadores de mesa, idealizou o placard, lembranças. A lista é tão grande que é mais fácil verem as fotos e pensarem que foi ela que permitiu que tudo ficasse como estão a ver. Acho foi a pessoa mais feliz por o dia do casamento ter finalmente chegado.
A Ju passou para o papel, alguém tinha de passar alguns elementos, neste caso, para a madeira... O material de eleição para que a nossa ideia rústica ganhasse vida. Para isso contei com o meu enorme Pai. Os meses de verão passados em miúdo a trabalhar com o meu avô que era marceneiro, aliados à vontade de ver a filha feliz, renderam-me elementos personalizados, feitos à mão, um a um. Apesar de nos meses de noivado o meu pai passar por um diagnóstico médico horrível, que nos deixou aterrorizados e que envolveu uma cirurgia de alto risco, ele foi um campeão e não deixou que nada ficasse por fazer. Tudo o que virem feito em madeira foi obra do meu pai e eu nem tenho palavras para lhe agradecer. Tenho guardado cada coisinha: placard, marcadores de mesas, centros de mesa, as caixas de lembranças que me sobraram, os corações de ouro, tudo. Aos dois, o nosso muito, muito, muito obrigado!
Depois do local da cerimónia e de ver mil vestidos, para onde direcionámos os nossos pensamentos? Isso mesmo, lua-de-mel. Felizmente podemos dizer que já viajámos alguma coisinha e já conhecemos alguns dos destinos que as agências oferecem como pacotes de lua-de-mel. Por isso mesmo metemos mãos à obra e toca a pesquisar um destino diferente para nós.
Encontrar o destino não foi difícil. Ah e tal e se fossemos para o Quénia ou Tanzânia? Fazíamos uns diazinhos de safari e depois uma semana de papo para o ar com o pé de molho na água paradisíaca de Zanzibar. Até aqui tudo muito bem, a minha mãe sempre me disse que sonhar não custa.
Apesar de normalmente marcarmos as nossas viagens online, desta vez não nos queríamos preocupar em encontrar tudo e mais alguma coisa (apesar do preço compensar e muito!) e decidimos pedir orçamentos a algumas agências. A maioria não facilitava os dias que nós queríamos, pois não nos enquadrávamos no que eles tinham previamente estipulado e não mostraram grande interesse em fazer uma viagem personalizada. Até que tivemos resposta de uma agência e aí percebemos porque é que não era do interesse deles. O orçamento tinha tantos zeros que nem vou reproduzir aqui, este texto já vai extenso o suficiente.
Como nenhum de nós é assaltante de bancos profissional, acabamos por ceder e abrimos mão da parte mais cara da viagem, o safari. Tivemos muita pena, havemos de lá voltar um dia com toda certeza, mas desta vez aproveitamos para disfrutar de 15 dias como reis na bela ilha de Zanzibar.
O Grande Dia!
O tempo em Setembro estava muito incerto, para terem uma ideia houve dias de um calor intenso e na semana anterior ao nosso casamento chovia torrencialmente. Claro que na manhã do dia 27 de Setembro assim se mantinha o tempo. Apesar de vivermos juntos, eu e o Nuno decidimos que na noite anterior ao casamento cada um dormiria na casa dos pais, de onde íamos sair para a igreja. Assim, acordei nessa manhã com a minha mãe a chorar desalmadamente porque estava a chover.
Quando olho pela janela o tempo estava medonho, parecia um dia de inverno. Mas não era uma chuvinha que ia estragar o meu dia. Se fosse para ser com chuva, paciência, eu ia casar e estava muito eliz! Quando o dia está destinado a ser perfeito não há porque temer e quando sai do banho parou de chover e assim ficou o dia todo.
Às 8h30, a Vanessa estava lá em casa. Aquela mulher parece um relógio suíço e eu que gosto tanto de dormir mais um bocadinho de manhã. Tinha combinado com a Jenny um pouquinho mais tarde para que quando ela chegasse, eu já estivesse penteada. A minha mãe, que por sinal já estava feliz da vida com a mudança do tempo, também foi penteada e maquilhada por elas.
Por volta das 9h começaram a chegar aqueles que me iriam acompanhar mais de perto no grande dia. As minhas damas, as minhas madrinhas, os amigos mais chegados. A manhã foi muito calma e eu fui tratada como uma princesa. Desde o pequeno-almoço, a um snack a meio da manhã, a um “o que é que precisas” a toda a hora, foram todas incansáveis e eu sentia-me no céu.
Depois de pronta e maquilhada é que começou o friozinho na barriga. Vamos lá vestir para tirar umas fotos e não sobrava muito tempo para chegar à igreja. Estava tão desorientada nesta fase que começaram a vestir-me o vestido e quando o apertaram alguém se lembrou que nem tinha vestido o saiote. Na confusão de volta a tirar – veste o saiote – e volta a vestir o vestido, acabei por me esquecer de colocar a liga, que era a minha peça azul. Só me lembrei disso mais para o final do dia, mas tenho muita pena de me ter esquecido.
Estava finalmente a caminho da igreja. Ainda tive de esperar um bocadinho para estar tudo pronto e com um belo atraso que não era minha intenção. Estava de braço dado com o meu pai a caminhar para o altar. A partir daqui o dia voou. A felicidade era tal que não sou capaz de vos explicar por palavras. O meu pai a acompanhar-me, o Nuno à minha espera no altar, a homilia, as lágrimas e sorrisos. Foi tudo melhor do que alguma vez eu pudesse sonhar. E eu sonhei muito com esse momento.
Tal como já vos disse na quinta correu tudo muito bem. Comemos, bebemos, dançamos, rimos e chorámos até altas horas. E quando dei por mim estava sozinha com o Nuno e o nosso dia tinha chegado ao fim tão depressa. Mas estávamos tão felizes!
Fiquei a saber, nos dias que se seguiram, de imensas histórias que não me apercebi no próprio dia e todos nos vieram dar os parabéns. Hoje tenho a certeza que não poderia pedir mais, para nós foi um dia em cheio. Só tenho pena que, apesar de durar para a eternidade, a festa não tenha durado uma semana.
Um beijinho,
Sara
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