O casamento de Paulo e Sofia em Pegões, Montijo
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P&S
29 Ago, 2015A crónica do nosso casamento
A preparação do nosso casamento foi marcada por grandes aventuras.
Desde mudanças no trabalho do Paulo, à venda da casa onde viviamos, o que nos obrigou a mudar para a casa dos meus pais até encontrarmos uma nova, bastante mais longe dos nossos trabalhos, o que nos obrigou a fazer imensas mudanças na nossa vida. E tudo isto a três meses do casamento.
As peripécias continuaram. O vestido foi imaginado por mim e, por isso, teve de ser totalmente feito à medida. Passar para o tecido algo que apenas existe na nossa cabeça não é tarefa fácil, mas apesar de alguns contratempos e ideias mal entendidas de início e outras que não se conseguiram pôr em prática, a ajuda da D. Isabel, foi precisosa e toda a equipa fez com que no final, tudo ficasse praticamente perfeito. A juntar a tudo isto, os sapatos encomendados vieram num tom que não era o que parecia ser e à última da hora tivemos de mandar fazer uns por medida, mais simples e muito diferentes do que tinha imaginado, mas que garantidamente tivessem prontos no dia.
Continuar a ler »O tão esperado dia, começou lindamente. Apesar de ser Agosto, tinha chovido toda a semana, no entanto, para nosso espanto, o dia abriu com um sol maravilhoso e imaginem 35 graus! Mas, para não variar, as peripécias estavam ainda a começar.
Apesar de toda a preparação, vestido, cabelo, maquilhagem ter corrido como esperado, devido ao facto de uns familiares se terem perdido, acabámos por sair de casa do meus pais já um pouco atrasados, mas ainda dentro dos prazos (detesto chegar atrasada).
Um vizinho do meu avô, que me viu nascer e crescer, quis fazer-nos uma surpresa e apareceu com o seu carro antigo, descapotável branco, de colecção, para me levar até à quinta, no Montijo onde iriamos realizar tanto a cerimónia como a recepção aos convidados. No entanto, logo à entrada da auto-estrada, a manete que fechava o tejadilho partiu-se o que fez com que tivéssemos de fazer 70 quilómetros, a 60kms/hora, com o motorista e o meu avô a agarrar o tejadilho para não voar a meio da auto-estrada. Se juntarmos a isto os 35 graus e o facto de termos de ir com todas as janelas fechadas, imaginam a viagem!
Tudo isto fez com que chegasse 1h atrasada à quinta, onde já tinha tanto o noivo como toda a familia em desespero com o calor abrasador que se fazia sentir. Assim que sai do carro, precisei que um empregado da quinta me trouxesse água, na tentativa de não desmaiar, pelo calor e os nervos de estar tão atrasada. Mal conseguia aguentar os pés no chão e mal sentia as pernas, para além de ter o vestido todo encharcado e o cabelo que já pareciam "rastas", mas, isso não interessava. Peguei no meu pai e só me apetecia correr para o Paulo e, finalmente, casar!
A cerimónia correu maravilhosamente bem, muito doce e emotiva. Tivemos tanto cuidado em escolher cada música para cada momento, mas o nervoso miudinho (pudera, depois daquela viagem) fez com que não tivesse percepção de nada. Não vi as pessoas a acenarem, mandarem beijinhos, não ouvi qualquer música, só conseguia ver o Paulo ao fundo com um misto de cansaço e alívio, a frescura da água por trás e a vontade de correr para ali.
Finalmente casámos! Eramos marido e mulher! Nem cheguei perto do sitio do cocktail e nem cheguei a ver ou a provar os miminhos que fizeram para nós. Toda a gente nos queria abraçar, felicitar e ir para o fresco almoçar! Basicamente se barricaram dentro da sala com ar condicionado o que fez com que os funcionários começassem a correr para servir logo o almoço.
Muitas das coisas relativas à decoração iriam ser feitas por nós, mas com tanta peripécia passaram para segundo plano e tivemos de pedir ajuda à quinta, por isso, a entrada na sala de refeições (e até a cerimónia) foi mesmo uma surpresa para nós. Apesar de algumas coisas não estarem como tinhamos pedido ou imaginado, no geral, toda a decoração superou as nossas expectativas.
A comida estava óptima, apesar de mal ter conseguido comer. Nem sequer me lembro do que havia nas mesas de buffet, mas pelo que ouvi dos convidados estava tudo excelente.
Toda a gente que casa, nos avisa deste pormenor, mas achei que seria um mito, um exagero, mas não! Temos de chegar a tanto lado e dar atenção a tanta coisa, temos tanta gente sempre a chamar, que nem sequer temos tempo para comer ou usufruir o nosso dia, tão trabalhosamente planeado.
Sentimos apenas falta de alguém para nos guiar, para orientar todas as tarefas do dia. Quando organizamos um casamento, nem imaginamos, mas a quantidade de pessoas que chama por nós, a quantidade de peripécias que acontecem e que nem as imaginámos, a capacidade de tudo ganhar uma vontade e um ritmo próprio e a gestão de 150 pessoas, é completamente surreal!
Sentimos que o dia passou a correr e que não demos por metade das coisas (o que é normal), sentimo-nos muitas vezes perdidos com tanta gente a chamar por nós, mal tivemos tempo de ir às mesas e houve familiares com quem nem sequer tivemos oportunidade de falar.
Para tirarmos algumas fotos enquanto casal, tivemos que praticamente "fugir" da cerimónia e devido ao calor e à correria do dia, houve inclusive familiares com quem não conseguimos tirar fotografias. o tempo poderia ter sido mais bem gerido e parecia tudo tão simples, mas na hora é o caos! Fez-nos falta alguém que fizesse isso por nós, que organizasse o dia e os horários das "tarefas" para que tudo corresse como planeado e com muito mais calma e serenidade.
A sensação foi que andámos a correr de um lado para o outro: tirar fotos enquanto ainda havia luz, tentar gerir as pessoas, abrir o baile (coreografia totalmente improvisada), fazer o jogo do bouquet e da liga, pois já era tarde e queriam abrir o bolo e, finalmente, abrir o bolo! E quando chegamos a esta parte, que marca o final do nosso grande dia, percebemos que mal o gozámos, mal o aproveitámos e que não nos lembramos de metade do que aconteceu e dos pormenores que tanto tivemos o cuidado de criar.
Mas apesar de tudo, valeu a pena! Mesmo com tudo isto, foi um dia muito especial, repleto de carinho e de amor, muita emoção, alegria e diversão.
Nada foi perfeito e houve muitas coisas que gostaríamos que tivessem sido diferentes, mas a parte divertida é mesmo essa! Foram todas estas peripécias que fizeram do nosso dia tão especial e foram elas que nos fizeram dar mais valor a tudo o que vivemos e ter uma história para contar, até ao fim da nossa vida!
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