O casamento de Pedro e Ana em Vialonga, Vila Franca de Xira
Rústicos Verão Bege 4 profissionais
P&A
22 Ago, 2015A crónica do nosso casamento
O meu dia C foi dos mais divertidos de sempre, sem dúvida, mas nem tudo foram rosas.
De manhã acordo com um som péssimo. Vou a ver, foi o bebé que caiu da cama! Estava tudo bem, ele não chorou nem nada, mas com o susto acabei por nem dormir mais. Eram 7h e tal e lá fui eu dar banho ao piolho e tomar o meu também.
Ainda tinha algumas coisas parar preparar antes da cerimónia, mas depois da semana caótica que tinha passado, estava decidida a não stressar com mais nada. Vou tomar o pequeno-almoço e reparo que a minha mãe, que tanto insistiu para que fosse ela a fazer as lembranças, tinha feito apenas metade. Respirei fundo e lá consegui contornar a situação: impingi à minha irmã a missão de arranjar mais lembranças. Assim, ficaram os frascos com doce para os homens e para as senhoras arranjou-se uns saquinhos com cheiro. No big deal.
Entretanto fui para a quinta, por volta das 9h, para receber as flores e distribuí-las por onde era suposto. Estavam lindas, mesmo como tinha imaginado.
Continuar a ler »O resto da manhã foi uma correria - literalmente. Tive de terminar o seating plan e outros pormenores que tinham de ser feitos no próprio dia, mas fui sempre tentando manter-me calma. O noivo apareceu lá porque teve de ir deixar também umas coisas e foi óptimo porque ajudou-me a relaxar, pelo menos por uns minutos. Quando ele foi embora fiquei um bocado nervosa, não me apetecia nada estar sem ele até à tarde!
Ao meio-dia chego à cabeleireira e foi aqui o desastre total. Fez-me um penteado parecido com o que fizemos na prova, mas versão - nem sei que palavra usar mas vou optar por esta - pimba. Ficou horrível, em certos sítios parecia careca e a senhora abusou tanto na laca que parecia sei lá o quê. Mesmo assim, não foi aqui que o mundo desabou. Respirei fundo e fui para casa da minha mãe, onde ia vestir-me e ser maquilhada.
Chego lá por volta das 13h30 e salta-me a tampa. A minha mãe, que tinha ficado de ir buscar a maquilhadora a Lisboa (estávamos em Alverca), ainda ali estava na maior das calmas! Tinha combinado de ir buscá-la às 13h e chegou lá hora e meia depois. Senti-me tão mal. Odeio fazer esperar pessoas e ainda por cima isto significou começar a ser maquilhada às 15h, uma hora mais tarde do que estava combinado.
Quando a maquilhadora chegou comecei a entrar em pânico. Era muito tarde, estava um caos lá casa, o bebé só chorava e o meu cabelo estava nojento. Fui tirar o penteado que a "cabeleireira" me fez e tinha o cabelo horrível, parecia uma bruxa. Por causa daquela quantidade enorme de laca que me pôs, não conseguia fazer nada dele. Nem atado, nem solto. Parecia que ia arrumar carros. Foi aqui que tudo desabou. Com isto tudo já estava mais de uma hora atrasada para a cerimónia e nem pude sequer lavar o cabelo para tentar corrigir aquilo. Chorei, chorei, chorei. É a única coisa de que guardo rancor neste dia. Senti-me tão feia!
Quando finalmente estou a chegar à quinta, uma hora e meia depois do suposto, liga o noivo a dizer que não havia música. O cabo da guitarra do rapaz que ia tocar a música de entrada avariou. Meninas, era tudo a acontecer! Foram a correr tentar pôr música na aparelhagem, mas aquilo mal se ouvia. Como se não bastasse isto, puseram a música cedo demais e a minha mãe, que chegou ao mesmo tempo que eu à quinta e foi a correr para se sentar, entra ali à grande e cai. Um grande tralho. Eu só me ria, acho que não era propriamente de achar piada, mas dos nervos, mas pensei que ninguém me estava a ver. Mais tarde descubro que toda a gente me conseguia ver através dos arbustos a rir da desgraça da minha mãe! Ahahah!
Quando finalmente entro lá, a música, que já tinha tocado duas ou três vezes, estava parada. Então o que é que o meu pai resolve fazer? Entra comigo de braço dado a cantar "tan tan taran, tan tan taran" (a marcha nupcial, sabem?). Opá, foi só rir. Que vergonha.
Ah! Com isto tudo nem menino das alianças houve. Esqueci-me!
A cerimónia foi super surreal, parecia que eu não estava ali. Cheguei ao pé do Pedro, dei-lhe a mão e não descolei mais. Abstraí-me de tudo e todos, nem me lembro de quase nada do que foi dito. Lembro-me que, quando a conservadora estava a perguntar se nos queríamos casar, um burro começou a zurrar. Eu nem sabia que havia ali animais! Foi tipo assim:
"Pedro, aceita casar com a Ana?"
"Sim."
"I-ó! I-ó!"
A sério, o meu casamento parecia uma anedota. Ahahahah!
De repente estávamos casados e a partir daqui foi só diversão.
Seguimos para o cocktail e foi, literalmente, sol de pouca dura porque começou a chover e tivemos de fugir todos para o salão. Felizmente, a chuva passou logo mas mantivémo-nos por ali o resto da festa. Tirámos fotos com os convidados, a fotógrafa quase que conseguiu tirar-nos fotos românticas, só que apareceu o meu irmão e ouve-se assim: "GAY!" e estragou tudo. Espantou-nos logo dali! Já me doía a barriga de tanto rir.
Lá dentro, os convidados foram logo atacar o photobooth. Foi um sucesso, adoraram as "polaroids" e aquilo não parou a noite toda. Ao que parece, toda a gente adorou os pequenos detalhes que preparámos e elogiaram bastante a playlist do dia. Acho que valeu a pena o trabalhão que tivemos.
Mas esperem, pensam que o que havia para correr mal já acabou? Não! Um dos pratos do jantar era suposto ser lombo no forno com arroz, legumes, champignons e batatas no forno, tal como estava escrito no menu, e eles servem o prato com batata palha. Fiquei super chateada, claro, e mais tarde fui falar com o responsável. Ele explicou que o forno explodiu quando iam fazer as batatas e que tiveram de arranjar essa alternativa. Tudo bem, compreendo, não me importei assim tanto com o facto de terem trocado, mas chateou-me não me terem dito. Deu-me a impressão de que se eu não falasse nisso ninguém ia ter tocado sequer no assunto.
Depois de jantar, estava planeado a banda tocar três músicas enquanto o catering preparava o corte do bolo. Quando estavam já na terceira, reparo que o bolo não estava lá fora e fui até à cozinha perguntar se estavam prontos. Estavam todos sentados a jantar! Fiquei um bocado aborrecida, mas pronto, pedi à banda para tocar mais duas e lá prepararam aquilo.
O corte do bolo também não correu muito bem porque foi lá fora e a música não se ouvia muito bem, mas aqui foi falha minha mesmo, não me lembrei deste pormenor! Mais uma vez, eu só me ria, ria, ria, foi giro.
A noite foi super divertida. A maior parte das pessoas, que eram mais velhas, foi embora relativamente cedo, mas ficou lá o grupinho do pessoal até às 4h da manhã a dançar, conversar e a beber copos, foi lindo. Adorei. Adorei tanto que no meio da euforia até tropecei, caí e rasguei o vestido! A sorte foi que aconteceu no final da noite e quase ninguém viu e os que viram já estão habituados às minhas quedas. Ahahahah!
Ah, e querem saber outra coisa engraçada? Também me esqueci de atirar o bouquet! Só me lembrei dias depois quando vi no facebook alguém a perguntar quem tinha ficado com o ramo.
Resumindo e concluindo: este dia foi uma montanha-russa de sensações. Houve momentos em que me apeteceu desaparecer, mas também outros que só me davam vontade de pôr na pausa e ficar ali por tempo indeterminado e esses superaram tudo.
Agora já sou a Sra. Monte e muito, muito mais feliz do que há duas semanas atrás - mesmo tendo casado com o cabelo à mendigo.
Um beijinho a todas e boa sorte no vosso dia.
Obrigada por tudo, foi graças a vocês que não houve ainda mais coisas a correr mal.
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