O casamento de Ruben e Patrícia em Sintra, Sintra
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R&P
07 Abr, 2018A crónica do nosso casamento
O meu casamento... Há tanto para contar, tanto para lembrar e partilhar.
No dia 6 de abril casei pelo civil, estava a chover imenso o que me deixava nervosa para o dia seguinte, o dia em que casaria perante Deus, família e amigos. Tinha tanto medo que a chuva não parasse. Deixem-me ser sincera, o casamento no civil foi uma seca e talvez seja esse o motivo pelo qual tanto chovia, para combater a seca do casamento civil. Ia adormecendo enquanto a senhora falava as leis. Pelo menos era simpática. Em seguida, fui para a quinta decorar o espaço e tratar dos últimos detalhes, enquanto que o Ruben foi buscar uma amiga minha que vinha de longe ao autocarro e buscar os nossos folhetos com o programa a um amigo que prontamente se ofereceu para tratar do assunto. Quando cheguei a casa, estava pronta para receber todos os meus melhores amigos que me iriam acompanhar, tinham vindo da Marinha Grande, a minha terra e estavam todos ali comigo nessa última noite de solteira. O noivo regressou para casa, a última noite em que aquela seria a casa dele e depois se juntaria a mim na nossa casa.
Continuar a ler »Deitei-me cedo, apesar da euforia com os amigos. Mas não consegui dormir. O meu irmão lembrou-se de me ligar a felicitar pelo casamento civil pela 1h e os meus vizinhos de cima lembraram-se de dar uma festa de kizomba e kuduro e fazer barulho. Dormi umas meras horinhas, nem sei precisar quantas, pareceram umas 3 horas de sono quando acordei às 6h50 pronta para receber a minha maquilhadora e cabeleireira. Tratou primeiro da minha mãe e depois de mim. Enquanto isso comi, tomei o pequeno-almoço e enquanto era maquilhada, pedi que me levassem mais comida (sim, uma noiva com fome). Fui apelidada pela maquilhadora de noiva mais calma de sempre, o que quer dizer muito, tendo em conta que sofro de ansiedade. A casa estava cheia e aproveitei o facto de ter uma amiga fotógrafa a dormir lá em casa para tirar as fotografias dos preparativos (as quais ainda não tenho comigo), assim sendo o nosso fotógrafo oficial já estava na quinta a fotografar os momentos nos quais não estaria presente.
Lembram-se do meu medo que chovesse? Pois, bem... As nuvens tinham desaparecido, estava um dia lindo de sol. O meu penteado já não sofreria com a chuva.
Eu afirmava que iria chegar a horas ao meu casamento, mas atrasei-me um pouco. Não muito, atenção. Sempre tinha dito que chegaria às 11h15 e cheguei às 11h29. Mas o casamento estava marcado para as 11h, por isso foi um atraso de 30 minutos. No carro fui a cantar o Hakuna Matata. Sim, fui a cantar o Hakuna Matata para o meu casamento com o meu menino das alianças que ama o Rei Leão. Aliás, eu chamo-o de "Mufasa" das alianças.
Cheguei à quinta, fiz a minha entrada ao som da música "Great Are You Lord" dos Casting Crowns e foi o momento mais lindo. Antes de mim, entrou o menino das alianças com a mãe, e em seguida dois dos meus melhores amigos que sempre tratei como "pais" (aquelas coisas da adolescência) e ela carregava a minha placa "cuidámos dela até aqui, agora é a tua vez" (até hoje o noivo diz que isso lhe tocou imenso). Quando cheguei ao pé do noivo ele disse que eu estava deslumbrante. Eu só conseguia rir e ele fez-me a nossa típica rodinha de bailado. Depois ficámos ali a cantar a música a louvar a Deus. De referir, ainda, que quem me levou ao altar foi a minha mãe. Só podia ser ela, mais ninguém tinha esse dever e direito.
Quando nos sentámos e o pastor fez a oração para começar a cerimónia, começou a chover. Ou melhor, a cair granizo. Foi uma chuva de bençãos. Não choveu até eu entrar, o que permitiu que nada no meu look fosse arruinado. Mas caiu a chuva de benção na mesma. Foi lindo, porque apesar de tudo eu amo chuva, só não me queria molhar.
A cerimónia foi maravilhosa. Até tivémos emplastros. 3 velhinhos que se enganaram no casamento, sentaram-se ao pé dum dos padrinhos e mesmo tendo-se apercebido que estavam no casamento errado, ficaram até ao fim. Ou estavam com muita vergonha de se levantarem e irem embora ou amaram a cerimónia.
No final da cerimónia, plantámos amores perfeitos com a ajuda dos nossos padrinhos que regaram, a simbolizar o crescimento do nosso amor com a ajuda deles. E acima de tudo, com a ajuda de Deus. A nossa cerimónia foi feita para louvar o nome do Deus em que tanto cremos.
Depois foi a hora de abrir o coktail de boas-vindas. Eu odeio álcool, mas eles deram-nos um copo de espumante para abrir. Eu lá fingi para a fotografia e depois dei para um amigo da faculdade que estava mesmo ao lado. Logo a seguir, foram as fotografias com os convidados. Apesar de amar fotografia, este momento pode ser muito chato, porque é uma confusão. E nós não conseguimos usufruir do cocktail e aperitivos. Mas pronto, também não fazia mal porque íamos logo almoçar. Não passei fome no meu casamento. Não comi muito, mas comi o que quis e no final não tinha fome.
A nossa entrada no salão foi ao som duma das nossas músicas "Só nós os dois" dos HMB e foi dos meus momentos favoritos e, sei que os convidados também amaram. Antes de entrarmos só disse ao Ruben: "vamos curtir o sonoro" e lá foi, entrámos a dançar, a cantar e a ser felizes, sem nada mais importar. Só nós os dois. E os convidados estavam todos com os seus smartphones a documentar o momento. Ainda bem.
Depois comemos e durante a refeição, fomos tendo discursos dos padrinhos. Foram todos lindos, mas tínhamos lá um padrinho que se emocionava de segundo a segundo. Fez o discurso dele lavado em lágrimas. Também foi um momento muito emocionante. Até o meu sogro ficou lavado em lágrimas.
Abrimos o buffet, mas nem comemos, porque fomos logo tirar as fotografias. O momento que tanto ansiava. Novamente, amo fotografia e ser fotografada. Já trabalhei como modelo, por isso continuo ali com aquele gosto. Tirámos fotos maravilhosas, como podem ver. Todas pelo olhar do nosso maravilhoso fotógrafo. No entanto, confesso que não foi o meu momento favorito, por isso nem ficámos tanto tempo quanto pensava. Amei, mas queria era viver o meu casamento.
Lá regressámos ao salão e era hora de abrir a pista de dança. Eu, claro, descalça. Dançámos as nossas duas primeiras danças. A primeira ao som do "Unforgettable" do Nate King Cole. Essa foi improvisada no momento. Em seguida, a nossa dança coreografada "You and I" John Legend. Uma música que tanto nos diz, porque o noivo dedicou-ma e fez-me uma serenata ao som dela meses antes do casamento.
Depois começou a festa: a dança e a comida. E o momento do boquet. Infelizmente, a minha ideia não resultou assim tão bem e foi em segundos. Eu fiz o jogo da cabra cega, mas as convidadas não estavam ao meu redor. Estavam todas à minha frente. Foi uma questão de 1-2 minutos até agarrar a minha amiga Margarida. Ela ficou com o bouquet. Era quem eu queria que o tivesse. Ela não fala em casar, nem namora. Mas tinha esse sonho de infância de apanhar um bouquet. Amo realizar sonhos e fizémos de tudo para o realizar. Segui a voz dela. Agora a noivinha Vanessa da comunidade, que também estava presente no casamento, fica a saber os segredos obscuros do meu casamento.
O tempo estava a passar a correr, estava quase na hora de cortar o bolo, o que significava ir embora. Cortámos o bolo. Nesse momento o Ruben lembrou-se de ir à casa de banho e fiquei ali sem saber do meu marido. Alguém lá o foi buscar e cortámos o bolo. Foi um momento hilariante, porque não estávamos a conseguir cortar a fatia em condições. E quando foi a hora do brinde, lá molhei os lábios e fiz a cara mais bonita de sempre (só que não). Mais tarde, outro padrinho veio em minha defesa com um copo de sumo de laranja na mão.
A festa foi começando a diminuir, as pessoas começaram a ir embora, as lembranças (que não chegaram para todos) foram entregues. E já só estávamos nós, o meu sogro (que nos iria levar para o hotel) e os fornecedores. Saímos de coração cheio. Passámos por casa e ainda deu para me despedir da minha mãe e amigos que cá iriam ficar.
Fomos para o Hotel Corpo Santo no Cais do Sodré. Fui com o vestido e ele com o fato. Chegámos lá quando os miúdos estavam a ir para a noite. E passou um grupo gigante que bateu imensas palmas e nos felicitou. Na chegada ao hotel fomos brindados com champanhe e pipocas. E no dia seguinte, lá madrugámos para apanhar o avião para Veneza. E assim começou a nossa vida a dois para a glória de Deus.
O nosso casamento foi lindo. Foi um dia muito feliz que irei, para sempre, recordar. Porém, o mais bonito é a vida que iremos partilhar até ao último dia das nossas vidas.
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