O casamento de Sabino e Inês em Maia, Maia
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S&I
13 Jun, 2020A crónica do nosso casamento
“Sabino,
Esta pandemia ensinou-me que devemos viver um dia de cada vez. Passámos tantos meses a desenhar cada pormenor e cada instante do nosso dia especial para que, de um momento para o outro, tudo ficasse virado do avesso e todos os nossos planos passassem de perfeitos a inconcretizáveis.
Mas hoje, estou feliz por também nós ensinarmos uma lição a este vírus. A de que o amor não se cancela. Que o amor não se adia. Que o amor que sinto por ti é o mesmo num casamento com 100 ou com 10 convidados. E que a nossa história – que já era a melhor do mundo – fica ainda mais bonita com este capítulo de resiliência.
Pensei que seria difícil escrever estes votos, mas enganei-me. As palavras fluem quando penso em ti e em tudo o que iremos viver juntos. E por isso sei que todos os dias encontrarei novas formas de dizer que te amo, que estarei sempre ao teu lado e que sou eternamente grata ao universo por nos ter colocado no caminho um do outro, no momento certo.
Mais logo brindarei a todos: aos que estão aqui, aos que gostaríamos que estivessem e aos teus olhos mel, que são meus.”
Continuar a ler »Foram estas as palavras que dediquei ao meu noivo (agora, marido) no dia mais importante das nossas vidas. Já ele não preparou os votos. Gosta de improvisar e dizer na hora o que lhe vai na alma – e que bem se saiu.
Quando o coronavírus surgiu em Portugal e nos fechou a todos em casa, estávamos a três meses do nosso dia. 13 de junho de 2020 era o dia que tínhamos escolhido, o dia que fazia sentido para nós. Tínhamos praticamente tudo organizado e estávamos, noivos e convidados, a rebentar de ansiedade e entusiasmo.
Com o passar do tempo, a hipótese de mantermos o casamento nessa data começou a dissipar-se. Não havia outra opção senão adiar. Entre negociações com fornecedores, telefonemas aos convidados e muito stress, foram colocadas várias alternativas em cima da mesa, entre elas outubro e até junho do próximo ano.
Contudo, nada daquilo fazia sentido. Tínhamos demasiados planos, que não queríamos pôr on hold por mais um ano. E foi assim que decidimos não deixar que o vírus nos roubasse um único segundo da nossa vida a dois.
O primeiro passo era trazer o pai do noivo, que vive entre Portugal e o Brasil, de volta a casa a tempo do casamento, pois o voo reservado meses antes tinha sido, claro, cancelado. Com todas as restrições da altura, encontrar um novo voo foi uma missão quase impossível. Mas conseguimos. No momento em que o meu sogro aterrou na Portela, faltavam três semanas para o dia 13 de junho e foi esse o prazo que tivemos para pôr de pé um evento em tudo diferente do programado.
Os 100 convidados passaram a 18. O tradicional look de noiva deu lugar a um lindíssimo vestido verde esmeralda. E a grande festa na quinta foi adiada para 13 de junho de 2021, dia em que comemoraremos as nossas bodas de papel. (Continuamos a acreditar que fomos os primeiros a ter essa ideia!).
É evidente que não conseguimos desconvidar totalmente a Covid – ela esteve presente em pequenas coisas, como a distância entre cadeiras, as máscaras dos fotógrafos ou o álcool gel nas mesas do copo-de-água. Mas não nos arrependemos nem um pouco da nossa decisão. E esses detalhes, que os olhares mais atentos verão nas fotografias, ajudar-nos-ão mais tarde a contar aos nossos netos a história do nosso "casamento em plena pandemia".
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