O casamento de Tiago e Catarina em Ovar, Ovar
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20 Out, 2018A crónica do nosso casamento
Antes de começar a falar-vos do dia mais feliz da minha vida, tenho que dizer-vos que foi um ano de noivado cheio de experiências novas. Mas tudo culminou na semana do casamento, que foi verdadeiramente intensa.
Casei-me a um sábado, 20 de outubro de 2018, e decidi trabalhar até quarta-feira dessa semana para tentar controlar os meus níveis de ansiedade. Nesse dia, saí do trabalho e fui à Póvoa do Varzim encontrar-me com a querida Liliana, que me esperava com os meus ramos. Optei por encomendar o ramo de noiva e das solteiras (que também foi o ramo da minha menina das alianças) em flores artificiais, porque gostava que fossem uma recordação real. De repente, caí em mim. Eu ia casar em menos de 3 dias. Chorei de alegria, porque foi impossível esconder a emoção de ter os meus ramos na mão e do meu sonho estar a tornar-se realidade.
A felicidade transbordava em mim. Era um misto de sentimentos: alegria, ansiedade, medo, nervosismo, excitação. Eram 2 da manhã e não conseguia dormir. Decidi contar o dinheiro pela madrugada fora. Sentei-me na cama, contei o dinheiro vezes sem conta e distribuí pelos respetivos envelopes para ser mais rápido e fácil no dia C. Ainda assim, na manhã de quinta-feira, acordei cedo para dedicar-me a mim: última prova de cabelo de manhã, manicure e pedicure à tarde e última prova de maquilhagem quase ao fim do dia.
Continuar a ler »A véspera do casamento foi a loucura total! Entre ir buscar o vestido, começar a fazer os salgadinhos para o dia seguinte, deixar a casa bem cheirosa e fazer o check-in do cão no hotel, não sobrou tempo para nada. Havia pormenores que eu gostaria de ter finalizado, mas ficaram por terra para poder respirar. Não houve mapas para os carros, nem o arroz e pétalas de flores foram nos saquinhos individuais que estavam previstos. Mas, ainda assim, a noite terminou a brindar e a conversar com a família e amigos, que ficaram em minha casa. Era motivo para festejar e aproveitar aquela que seria a minha última noite de solteira.
Na manhã do dia C, acordei espevitada e com vontade de me casar. O sorriso foi uma constante e a ansiedade aumentava mais e mais. Às 6h45, entrei na cabeleireira sem conseguir comer nada. Tinha um nó no estômago. De lá fui com a minha melhor amiga para casa dela ser maquilhada e, finalmente, comer qualquer coisa: apenas uma metade de um pão simples e um copo de água. Estive para aí 1 hora no "agora não pisques os olhos, olha para cima, agora para a direita, fica quieta". E, no entretanto, só pensava naquilo que o Tiago deveria estar a fazer. Mas sentia-me uma princesa a ser apaparicada por todos.
Fui para casa e ainda tive tempo de acordar e arranjar o nosso sobrinho, depois de ter preparado o quarto para as fotografias. Dispus os sapatos, as meias, as alianças e os ramos com o maior cuidado em cima da cama imaculadamente arrumada. Pendurei o robe de noiva junto da inicial do meu nome e o vestido no varão da janela. E, nesse momento, era real! Eu ia casar-me dentro de algumas horas, o estomâgo tinha borboletas e eu não parava de olhar para o teto na tentativa de impedir que as lágrimas escorressem.
O fotógrafo chegou com o carro cheio de balões que o noivo enviou do Porto para todos os convidados amarrarem nos seus carros. Os convidados chegaram entretanto, mas eu já não conseguia contabilizar os minutos. Tinham começado as fotografias e eu tinha que me manter concentrada para não chorar. Eu estava no meu pequeno quarto, rodeada de pessoas, a ser fotografada, filmada e admirada por todos. Estava a viver o meu sonho de criança e prestes a casar com o homem da minha vida. Era impossível não ficar emocionada e serem todos contagiados pela alegria e ansiedade que eu vivia.
Perdi a conta à centena de fotos que tirámos, enquanto eu me arranjava. E, depois de sairmos do meu quarto, finalmente encarei a mesa dos salgadinhos e os convidados que me esperavam na sala. Tirámos algumas últimas fotografias com os meninos das alianças e a minha mãe. Ajeitámos o véu e finalmente saímos. À porta de casa, tinha o Mercedes clássico que contratámos e a passadeira vermelha estendida para mim. Colocámo-nos em posição. Os meninos das alianças à frente, lado a lado, cada um com a sua missão. A minha menina das flores linda e com um vestido branco semelhante ao meu. E o nosso querido sobrinho encarregue daquelas que são a nossa maior recordação daquele dia: as alianças. A minha mãe ocupou o seu lugar ao meu lado e saímos para enfrentar os vizinhos todos que se encontravam às varandas e na rua para me ver sair. As borboletas na barriga cada vez voavam mais, o meu corpo estava gelado e a felicidade transbordava em mim.
Fomos em desfile para a igreja e demos um compasso de espera à entrada para que os meus convidados se pudessem juntar aos restantes que aguardavam no interior. E, olhando para o cimo da igreja, percebi que aquele era o nosso momento. Saí do carro com o maior cuidado para não cair. E juntei-me ao meu noivo e à minha sogra, acompanhados pela minha mãe e pelo meu tio (porque, infelizmente, o meu pai partiu cedo demais para testemunhar aquele momento), que nos aguardavam à entrada da igreja de frente para o altar. Ao som do meu coro de infância, fizemos juntos aquela que seria a nossa última caminhada de solteiros.
Toda a cerimónia foi emocionante. Não parei de chorar um minuto e tanto jeito deram os bolsos do vestido para esconder o lenço bordado que eu preventivamente levei comigo. Cantei as músicas do meu casamento como se ainda fizesse parte do coro e chorei desconsolada na segunda leitura a dar graças por aqueles que partiram. A cerimónia foi escutada entre mãos dadas, sorrisos e olhares cúmplices, na qual nos encontrávamos os dois e festejávamos o nosso amor. As minhas mãos tremiam. Na troca de alianças, a minha voz soluçava e, no silêncio que se fazia na igreja, ouviam-se os lenços e fungos dos convidados comovidos.
Já marido e mulher, no fim da cerimónia, agradecemos ao padre e ao grupo coral que nos acompanhou naquele momento tão especial. Saímos da igreja ao som da marcha nupcial para sermos recebidos, enquanto recém-casados, numa chuva de arroz, confetis e pétalas de rosa. Após as fotos da praxe com todos os convidados, na escadaria, brindámos ao nosso amor com a igreja de fundo e seguimos todos em marcha lenta até à quinta, em São João da Madeira. Pelo caminho, íamos brincando às rotundas, obrigando os convidados a fazerem 3 voltas a cada uma e aproveitando aqueles primeiros minutos a sós.
Chegados à quinta, tivemos mais uns minutos no carro para permitir que o staff organizasse os convidados para apreciarem o nosso primeiro copo-de-água em horas. Recebemos as felicitações do staff da quinta, que nos veio receber ao carro e aproveitámos aquela lufada de ar fresco para nos recompormos e prepararmo-nos para mais uma série de beijinhos e abraços.
Abrimos as entradas, mas só conseguimos comer aquele primeiro salgadinho. A comida estava ótima e sempre a ser resposta, mas os nervos ainda não se tinham dissipado. As horas seguintes foram passadas a cumprimentar todos os convidados e a tirar mais um cento de fotografias nos espaços exteriores. Só conseguimos comer no salão. Aquela sopa foi a melhor que comi em séculos, porque a fome já era muita e foi um aconchego preciso.
O staff foi incrível, sempre preocupado connosco e relembrando-nos dos timings previstos para que nada saísse do planeado e sem precisarmos de nos preocupar com nada. Como o serviço da quinta foi contratado com decoração, estava tudo espetacular. As mesas estavam lindas e os convidados mencionaram, sem exceção, o atendimento incrível que tiveram. Foram menos de 60 convidados e grande parte do estrangeiro com voo na manhã seguinte, por isso a festa não durou até muito tarde. Mas, antes disso, tivemos direito à nossa primeira dança ao som de Perfect de Ed Sherran. Foi um dos momentos altos da noite, apesar de não termos treinado nenhuma coreografia e de eu ter dois pés esquerdos. Ainda assim, teve direito a duas piruetas entusiásticas e os pés do meu marido saíram ilesos.
Cortámos o bolo um pouco antes do horário para nos anteciparmos à chuva que se avizinhava. Escolhemos o Cirque du Soleil para esse momento que foi mágico. Descemos a escadaria à luz de sparkles e, no momento da primeira fatia, começaram a cair as primeiras pingas de chuva. Ninguém se moveu e ficámos todos a assistir ao espetáculo dos cones de fogo. Lembro-me de estar felicíssima, de mãos dadas com o meu marido e a agradecer por aquele momento fantástico.
A noite terminou com o ramo das solteiras que foi entregue à moda antiga, muita dança e umas bifanas no pão para contentar o estômago. Finalmente, comi com vontade mas já cansada e com vontade de ir de núpcias. No fim, refugiámo-nos no jacuzzi do quarto que tínhamos reservado no hotel, em Oliveira de Azeméis, a celebrar o nosso amor com espumante e relembrando os momentos altos daquele dia.
Foi um dia espetacular que eu adoraria repetir todos os meses. Valeu tudo a pena! É, sem dúvida, um dia dedicado ao amor e cheio de emoções. E a todos aqueles que ainda se irão casar, desejo as maiores felicidades e aconselho a aproveitarem ao máximo, porque é o dia mais feliz das vossas vidas.
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